Educação

Colégio Estadual Estados Unidos é fechado em Paranaguá

Chefe do Núcleo de Educação explica os motivos e o remanejamento dos alunos

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Recentemente, a população de Paranaguá se surpreendeu com o fechamento do Colégio Estadual Estados Unidos da América, que fez parte da educação de muitas pessoas ao longo de 73 anos de história. O encerramento das atividades é justificado pela queda gradual no número de alunos registrados nos últimos anos, algo propiciado pela mudança dos moradores para outras regiões da cidade. Isso porque a realidade da região foi transformada com a chegada de mais empresas ligadas ao setor portuário.

De acordo com informações do Núcleo Regional de Educação (NRE), a queda no número de alunos é observada desde 2010. Naquele ano, havia 525 estudantes e, no ano seguinte, em 2011, 423 alunos frequentavam o local. O levantamento de 2012 mostra 378 alunos, em 2013, o índice caiu novamente para 261, em 2014 foram 239, em 2015 apenas 162 e, em 2016, 103 estudantes. No ano passado, só 53 e para o ano letivo de 2018 teria cerca de 23 alunos, caso a escola não tivesse sido fechada. O colégio tinha alunos do Ensino Fundamental, do 6.º ao 9.º ano, e do Ensino Médio.

 

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Região onde a escola está localizada tem frequente movimento de caminhões

A chefe do NRE, Selma Camargo Meira, explicou que a estrutura do colégio suportaria até 1.600 alunos, mas que não há demanda para o espaço. “A região tornou-se totalmente portuária de 2010 até agora aumentou significativamente a retirada das pessoas a partir da aquisição das áreas pelas empresas. Nós entendemos toda a história do colégio no município e o legado que ele deixou a diversos professores e alunos. Em 2017, já iríamos fechar por meio período, mas nós deixamos mesmo com turmas de cerca de sete alunos. Os pais não queriam mais matricular seus filhos em um lugar longe, cheio de caminhões”, analisou Selma.
A notícia tomou maiores proporções nos últimos dias, mas não é novidade aos professores e pais de alunos. “Já fui até a Câmara de Vereadores falar sobre essa situação e se não houvesse uma redução tão grande quem sabe conseguíssemos continuar mais este ano, mas não foi possível”, acrescentou Selma.

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“Nós entendemos toda a historia do colégio no município e o legado que ele deixou a diversos professores e alunos”, declarou a chefe do Núcleo Regional de Educação, Selma Camargo Meira

 

FUTURO DO PRÉDIO

 

A chefe do NRE informou que há um processo em andamento sobre a possibilidade de um leilão pelas empresas ao redor para que se pudesse construir com o recurso outras escolas em Paranaguá. “Mas, ainda não podemos afirmar nada, porque tem toda uma legislação pertinente que deve ser seguida e neste ano estaremos em ano eleitoral”, frisou Selma.

 

DEMANDA DAS ESCOLAS

 

A construção de novas escolas ajudaria a minimizar a alta demanda de algumas unidades como a Escola Estadual Cidália Rebello Gomes, na Ilha dos Valadares, que funciona hoje em quatro períodos (manhã, tarde, noite e intermediário) para suprir a necessidade.

“Estamos no aguardo da doação definitiva de uma área no Vale do Sol para atender os estudantes daquela região, a qual tem crescido muito”, disse Selma sobre a abertura de novas unidades.
Os cerca de 23 alunos que cursariam o ano letivo de 2018 no Colégio Estados Unidos serão remanejados para outras escolas como no Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Neto, no Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha e Colégio Estadual Helena Viana Sundin, que possuem vagas em aberto para estes alunos. “Os pais têm a liberdade de escolher em qual escola desejam matricular seus filhos, onde eles quiserem nós garantimos a vaga. Alguns já nos procuraram e estão analisando a escola que desejam”, afirmou Selma.
 

 

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