O Colégio Estadual Ilha das Peças está entre os bons exemplos obtidos na educação on-line durante a pandemia. A instituição de ensino pertence ao município de Guaraqueçaba e oferece o Ensino Fundamental e Médio para estudantes com idades entre 11 e 20 anos.
Todos os alunos moram na mesma comunidade e são filhos de pescadores e pequenos comerciantes. O colégio encerrou o primeiro semestre com 94% de alunos participando das aulas remotas, que são transmitidas pela Internet, e realizando as atividades através das plataformas virtuais.
De acordo com o diretor Fernando Brock, no início esse número era bastante diferente. “Quando o sistema de ensino a distância começou, nós tínhamos 60% de alunos participando e 40% recebendo atividades impressas. No início, nossa maior dificuldade era aprender a manusear essas ferramentas digitais, pois a maioria dos professores não tinha contato com esse tipo de aplicativo”, explica.
Para facilitar o processo, foi realizado um mutirão para auxiliar os alunos. “Nós também temos limitações no que diz respeito a uma Internet de boa qualidade. Por isso foi um trabalho bastante árduo”, destaca.
Primeiro os professores aprenderam para em seguida ensinar os alunos. No primeiro momento, foi feita uma força-tarefa, em que todos os alunos se empenharam para aprender.
“A primeira preocupação como gestor foi em relação aos alunos que não tinham acesso à Internet. Liberamos as conexões da escola para os alunos que são vizinhos e auxiliamos muitos alunos também a conseguir uma conexão emprestada. E assim o número de estudantes sem acesso começou a diminuir”, destaca.
Já no mês de maio o formato remoto estava com números bem mais expressivos de alunos, sendo que apenas um aluno estava utilizando o material impresso. As atividades seguem o protocolo estabelecido pela Secretaria de Estado de Educação e do Esporte, que o entrega a cada 15 dias.
“O interessante é que esse momento que estamos vivendo nos proporcionou possibilidades de fazer as coisas de uma maneira diferente. Talvez muitos de nós pensássemos que uma reunião virtual era uma coisa hollywoodiana, mas elas são perfeitamente possíveis através de alguns aplicativos bastante simples que estão disponíveis e gratuitos”, aponta.
O diretor ressalta, ainda, que dos encontros remotos com a equipe da escola participam a secretária, a pedagoga e os professores e todos podem trocar informações para serem compartilhadas. “Conversamos um pouco a respeito desse formato e ouvimos nossos professores sobre suas dificuldades e, assim, vamos melhorando cada vez mais”, finaliza.