Colégio Arthur Miranda Ramos encerra o semestre com saldo positivo

O Colégio Estadual Dr. Arthur Miranda Ramos, localizado no Jardim Samambaia, encerrou o primeiro semestre com ótimos resultados. De acordo com a equipe pedagógica mais de 60% dos estudantes estão concentrados nas plataformas digitais de estudo.

Mas para alcançar esse índice foi realizado um trabalho junto à comunidade escolar. De acordo com a diretora do colégio, Iara Maria do Amaral, na semana de 16 de março, quando foram informados da paralisação, a  preocupação era orientar os alunos para o risco da contaminação e todos os cuidados necessários para que a saúde fosse preservada.

“De lá para cá, não tem sido fácil, todos os dias vêm acompanhados de momentos de estresse, mas de muito aprendizado também. Porém, se hoje conseguimos atingir um número expressivo de alunos interagindo nas aulas on-line, isso com certeza só está sendo possível pelo trabalho incansável da equipe pedagógica e da colaboração dos professores”, ressaltou.

Uma das maiores dificuldades encontradas no início foi estabelecer o contato com todos os estudantes, pois o colégio conta com 929 alunos em 29 turmas, em três períodos. Segundo a direção, esta dificuldade só não foi maior justamente pelo trabalho dos professores.

A professora Geise Ferreira, de Língua Portuguesa, falou sobre o empenho para concentrar os alunos. “No início, fui conversando com alunos e montamos grupos de whatsApp e assim fomos fazendo o trabalho de formiguinha, ajudando cada um a acessar o Classroom. O grupo de whats foi a nossa ferramenta inicial de comunicação e tem sido a mais utilizada até hoje”, apontou.  

A diretora auxiliar, Claudia Xavier Barbosa, enfocou a desigualdade social como uma dificuldade para a realização dos trabalhos. “Temos muitos alunos que não têm as ferramentas necessárias para vivenciar esta experiência digital. Para estes alunos, o colégio disponibiliza atividades que são distribuídas semanalmente. Estas atividades são impressas pela equipe pedagógica e pelos agentes educacionais II, que se revezam neste atendimento presencial”, explica.

O aprendizado é contínuo, como relata a professora Andreza de Fátima Soares Alves, da disciplina de Arte: “O primeiro momento foi bem assustador, pois não era só a nossa dificuldade em entender todo esse novo caminho de estudo. Ainda tínhamos que envolver os alunos nesse processo de aprendizagem. Despertar nas crianças que esta seria a nossa nova maneira de estudarmos e aprendermos durante o período da pandemia. Com esse processo fomos enxergando nossos alunos de maneira mais ampla do que víamos durante a nossa rotina diária. Pudemos ver a grande problemática familiar, percebemos as diversas carências econômicas, emocionais, psicológicas e educacionais que se abriu perante a realidade da pandemia”, destacou.

As ferramentas mais utilizadas são as aulas pelo “Google Meet”, como relata a professora Andréa Salomão de Souza Frecceiro, da disciplina de Matemática: “Uma das formas encontradas para se aproximar dos alunos foi através das atividades pelo Meet, porque embora os estudantes assistam às aulas no Aula Paraná, quando nós  organizamos nossas atividades é possível trabalhar as dificuldades dos alunos, pois já os conhecemos e temos a ideia em que cada momento de aprendizagem eles se encontram. Procuramos fazer um resumo da semana, tirar as dúvidas e realizar a explicação das atividades que lançamos no ambiente virtual do Classroom. As aulas são gravadas para que sejam compartilhadas com os alunos que não conseguiram assistir na data e horário marcados” esclarece.

“Estamos aprendendo todos os dias através de erros e acertos. Mas tudo isso se faz necessário, pois a questão mais importante é a preservação da vida”, finaliza a diretora.