Editorial

Taxa de transmissão da Covid-19 segue alta

A pandemia da Covid-19 trouxe ao nosso cotidiano muitos conceitos importantes referentes à epidemiologia

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A pandemia da Covid-19 trouxe ao nosso cotidiano muitos conceitos importantes referentes à epidemiologia, sendo um deles a taxa de transmissão, a qual serve como uma estimativa de como a doença se espalha entre a população.

Assim, quando esse número é menor ou igual a 1, espera-se queda no número de casos. E, quando maior que 1, espera-se um aumento no número de casos.

A taxa de transmissão (Rt) do novo Coronavírus no Paraná é uma das mais altas entre todos os Estados brasileiros: 1,12.

O número significa que, atualmente, 100 contaminados pelo Sars-Cov-2 contaminam, em média, 112 novas pessoas.

Mesmo com as medidas restritivas adotadas pelo Governo do Estado e prefeituras para conter a doença, o número segue em alta, acima de 1,00.

Os dados são do sistema Loft.Science, que calcula o Rt médio de todos os Estados e do Brasil com base em um algoritmo desenvolvido pela empresa.

O sistema Loft.Science aponta que, até o dia 13 de abril de 2021, houve uma taxa de 1,12 para o Paraná – a 2.ª maior no Brasil, atrás apenas do Rio de Janeiro (1,24). Em 15 de abril de 2021, o Paraná registrou uma taxa de transmissão de 0,76, a mais baixa entre todos os Estados.

Segundo o sistema, o Paraná apresenta Rt superior a 1 desde 4 de maio, quando atingiu a taxa de 1,01. Desde então, se mantém neste patamar. Neste período, apenas o Amazonas apresenta continuamente Rt inferior a 1, e nenhum outro Estado brasileiro mostrou Rt menor que 0,9.

Na sexta-feira, 14, o Paraná atingiu a marca de 1 milhão de casos confirmados da Covid-19, de acordo com boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número foi atingido um ano e dois meses após os primeiros registros da doença e, desde o início da pandemia, este é o quinto período de aceleração do vírus no Estado.

Para que a taxa volte a baixar, garantindo a desaceleração do contágio, as medidas de higiene e proteção devem ser seguidas à risca por todos. Vale reiterar a importância do uso de máscara, evitar aglomerações e manter distância física de 2 metros, além de sempre estar lavando as mãos ou utilizando álcool em gel.

Todos devem se empenhar, pois existe a necessidade de manter o Rt abaixo de 1 de forma sustentada, e não deve haver descuidos, já que a situação de ocupações em leitos de UTI exclusivos para Covid-19 volta a preocupar os hospitais. Temos que fazer a nossa parte até que todos possam estar vacinados.

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