Na quinta-feira, 4, a 1.ª Regional de Saúde (1.ª RS) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), responsável por gerir os sete municípios da região, recebeu mais 1.350 doses da vacina CoronaVac. Apesar da chegada de imunizantes contra a Covid-19 ser sempre uma notícia boa, a vinda a conta-gotas de vacinas ao Paraná demonstra que os repasses precisam aumentar para que a imunização da população seja acelerada e a pandemia seja em alguns meses superada.
O Poder Público está fazendo a sua parte no Estado, afinal, estão lidando com a quantia de imunizantes que recebem. Há uma estrutura eficiente que já realizou diversas campanhas de vacinação de outras doenças que poderá ser usada para acelerar a imunização contra a Covid-19. Para isso, as doses precisam chegar com uma velocidade maior. Apesar de erros na negociação de vacinas contra o Coronavírus ocorrerem desde 2020, o momento é desesperador e em crises apontar os culpados não surte efeitos. União, Estados, municípios, empresas e Congresso Nacional precisam esquecer diferenças, somar forças e trazer mais vacinas para que a população brasileira não seja ainda mais castigada com esta doença.
Uma das articulações importantes é o consórcio público feito pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) que procurará, por meio da autonomia concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e em projeto da Câmara do Senado a Estados e municípios, acelerar a compra de imunizantes por conta própria, quando o Ministério da Saúde não conseguir atender a demanda de imunização. No litoral, Paranaguá e Guaratuba já manifestaram que querem participar do consórcio. A notícia é importante e pode ser uma luz no fim do túnel na superação da pandemia.
Por enquanto, apenas os grupos de risco estão sendo alcançados pela vacinação contra a Covid-19 no Paraná, e tudo isso em um ritmo mais lento do que deveria. Entretanto, está sendo feito o que é possível, com o número de imunizantes à disposição. Enquanto a maior parte da população não for vacinada, devemos prosseguir com as medidas preventivas, ou seja, usar máscara, praticar distanciamento social e lembrar sempre a higiene das mãos. Estamos no pico pandêmico, há uma ocupação alta da Ala Covid-19 do Hospital Regional do Litoral (HRL), com mortes acontecendo a cada dia. Se não entendermos a situação crítica em que estamos e tomarmos atitudes que já são orientadas há meses pela imprensa e Poder Público, o colapso virá e as mortes de moradores no litoral aumentarão exponencialmente.
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