Economia

Produção de peixes cresce 10% no Paraná e mantém mercado abastecido

O Oeste é o maior polo de criação de peixes no Estado, representando 69%

A atividade da piscicultura no Paraná, em 2016, teve um crescimento de 10%, só não aumentando ainda mais sua produção em função das temperaturas baixas registradas no último inverno em todo o Estado. O frio, os largos períodos de tempo nublado e a baixa luminosidade fizeram com que as águas chegassem a registrar índices negativos, atrapalhando a produção das espécies. Mesmo assim a produção abastece todo o Paraná e mantém a comercialização de peixes em Estados vizinhos, principalmente Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

“A piscicultura, apesar de ser uma atividade nova no Paraná, se comparada aos outros trabalhos no campo rural, já representa uma importante fonte de produção de alimento e de geração de renda”, afirma o coordenador estadual da aquicultura e pesca do Instituto Emater, Luiz Danilo Muehlmann.

O Paraná possui grande potencial para a exploração da piscicultura, atividade de criação de peixes em instalações adequadas, por conta da grande quantidade e qualidade das águas, das coleções de águas disponíveis em represas e das características favoráveis dos solos. A atividade faz parte do grupo de projetos considerados prioritários pela Secretaria de Estado da Agricultura para a promoção do desenvolvimento econômico da região.

O Oeste é o maior polo de criação de peixes no Estado, representando 69% de toda a produção, com atuação em 48 municípios, próximos a Toledo e Cascavel. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), a região é responsável pela produção de 55,5 mil toneladas de peixe por ano, sendo que 96% são de tilápia. Atrás do oeste, está a região norte com 14% da produção e os outros 17% estão divididos entre o sul e noroeste do Estado.

Entre as variedades cultivadas em todo Paraná, a tilápia representa 91% de toda a criação e está mais concentrada na região oeste. Já as espécies nativas compreendem 4,7% da produção e estão concentradas em maior número na região norte. Outras espécies cultivadas são as carpas e os bagres que representam 3,5% e 0,8 % da produção, e estão presentes no sul do Paraná.
Mais de 98% da região oeste utiliza esse método. Outro regime utilizado é o desenvolvimento de peixes em tanques-redes, instalados em barragens, como acontece no Vale do Rio Paranapanema.

RENDA

Segundo técnicos do Deral, a piscicultura permite a obtenção de renda significativa aos produtores que podem utilizar pequenas áreas da propriedade para a criação de peixes. Além disso, a atividade possibilita a sucessão do trabalho rural, ou seja, a inserção de jovens produtores no desenvolvimento da modalidade.

 

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