Coronel Malucelli define como inoportuna qualquer paralisação neste período
O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Coronel Sérgio Malucelli, em entrevista à Folha do Litoral News, destacou ser contrário a qualquer tipo de paralisação dos caminhoneiros neste momento no Brasil e em todo o Paraná, em virtude do período de crise sanitária, econômica e social vivido no País com a pandemia da Covid-19. O manifesto, que seria iniciado na segunda-feira, 1.º, não possui adesão maciça e não paralisou as vias federais, algo que, inclusive, foi proibido pela Justiça Federal. Além disso, Coronel Malucelli destacou a importância do transporte rodoviário de cargas para o Porto de Paranaguá e a economia paranaense.
“Quanto à paralisação, nós fomos contra. A Fetranspar viu neste movimento de tentativa de paralisação uma incoerência inoportuna, afinal de contas estamos com mais de 220 mil mortos no Brasil vítimas de uma crise de saúde, econômica e social, e uma classe de autônomos querendo paralisar o Brasil”, destaca o presidente da Fetranspar. “Isso era um absurdo, tanto é que foi pífia a sua adesão, não prosperou, e a federação de transportes e os sindicatos de empresas de transporte se posicionaram contra”, explica.
Coronel Malucelli afirma que o momento atual do Brasil é de solidariedade e trabalho. “Logicamente que se esta paralisação ocorresse, repercutiria muito no Porto de Paranaguá. O Porto está com sua carga de movimentação sempre batendo recordes, nós estamos necessitando que nossas riquezas sejam exportadas, estamos em um bom período de negociação do nosso agronegócio e nós temos 65% do que se produz no Estado escoado através do transporte de cargas”, explica.
“É inoportuno qualquer tipo de paralisação neste setor, seja de autônomos ou de outra categoria. As empresas de transporte, sob nossa orientação, obviamente nenhuma pararia”, acrescenta o presidente.
Fetranspar
Em nota no seu site, a Fetranspar, que representa cerca de 20 mil empresas do setor de transporte, destacou que é inoportuna uma iniciativa de pressão ao governo nestes moldes durante a pandemia. O motivo alegado por uma parcela da categoria para greve seria o aumento do preço do diesel de 4,4% aplicado pela Petrobrás no dia 27 de janeiro, entretanto, a Federação destaca que não questiona as pautas dos profissionais autônomos, entretanto é necessário um consenso entre a categoria para uma eventual paralisação, algo que não deve ocorrer durante a pandemia, em que, segundo a entidade, haveria um prejuízo ao cidadão brasileiro que já sofre com a demora das vacinas, com a pandemia e com o abre e fecha de comércios e instituições, algo que ocorre em um período no qual o sistema de saúde está sobrecarregado.
“A Federação avalia que o momento é totalmente desfavorável e será visto como uma falta de consideração da classe pelo povo brasileiro. A Fetranspar também diz que o Governo Federal tem melhorando o estreitamento do diálogo com esses profissionais. Mas a conversa precisa ser franca e constante, trazendo perspectivas a toda a classe do transporte rodoviário que leva de uma ponta a outra do País as riquezas produzidas. É preciso planejamento, conversa e antecipação dos fatos”, destaca a assessoria da Fetranspar.
Por fim, a federação afirma que está atenta e que qualquer paralisação neste momento não incluirá nenhuma das empresas de transporte do setor no Paraná, algo que também deverá ser descartado pelos 10 sindicatos patronais do setor que fazem parte da Fetranspar.
Com informações da Fetranspar
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