Economia

Greve dos Bancários entra no 12.º dia no litoral sem acordo

Entre as reivindicações está reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real

A greve nacional dos bancários continua sem prazo previsto para término. No País, a paralisação iniciou no dia 6, no litoral paranaense, começou dia 8 de setembro. No litoral, a greve entrou hoje, 19, no 12.º dia mantendo a adesão de 31 agências bancárias fechadas e com aproximadamente 200 funcionários em greve. Trinta por cento dos bancários continuam em atendimento em respeito à exigência legal, contudo em auxílio nos caixas eletrônicos, em alguns casos entrega de cartões, entre outros serviços. O presidente do Sindicato dos Bancários do Litoral, Samuel da Fonseca, disse que a greve continuará. “A greve continua porque os banqueiros não têm proposta, estamos aguardando e até agora nada. A greve é por tempo indeterminado. Quem determina o fim da greve é o banqueiro que não quer dar o reajuste e, com isso, continuamos em greve”, frisou Fonseca. “Quem quer greve é o banqueiro e não o bancário”, enfatizou.

 

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O presidente do sindicato aconselhou aos clientes que utilizem outras ferramentas para resolver pendências bancárias. “Conforme estatísticas levantadas, quando ocorre a greve é parado 13% do movimento bancário, funciona 87%. A dica para os 13% que faltam para utilização do banco, que procurem os caixas automáticos, lotéricas, bancos correspondentes, Internet, entre outros recursos disponíveis”, orientou. “Pedimos a compreensão da população neste momento e lembramos que é algo temporário. Repetimos que são os banqueiros que querem a greve e não os bancários”, ressaltou.

A categoria reivindica reajuste salarial, reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real, participação nos lucros e resultados (PLR): três salários mais R$ 8.317,90, piso de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Vale alimentação no valor de R$ 880 ao mês, 13.ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880 ao mês, melhores condições de trabalho, fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, entre outras reivindicações.

 

FENABAN

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disse que apresentou, no dia 9, à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e à Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) uma nova proposta de aumento na remuneração dos bancários, que consiste em um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3.300 a ser pago até 10 dias após a assinatura do acordo. Ainda de acordo com a Fenaban, o valor fixado para o abono está 10% acima da proposta inicial apresentada no dia 29 de agosto e, somado ao reajuste no salário, superior à inflação prevista para os próximos 12 meses, representa um ganho expressivo para a maioria dos bancários. “A FENABAN entende que o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”, destacou. Conforme a federação, o reajuste seria aplicado também à participação nos lucros e resultados (PLR) paga pelos bancos aos funcionários. A antecipação parcial da PLR seria paga em dez dias após a assinatura do acordo.


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Redação

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