Economia

Empreendedorismo nos bairros dribla a crise do desemprego

Lojas se beneficiam com a proximidade do público

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As compras feitas em lojas de bairro também ganham força em Paranaguá e o motivo, pelo menos um deles, é a questão do deslocamento para o Centro, onde existem as tradicionais lojas que ofertam todo tipo de roupas e produtos. No entanto, com mais tempo para pesquisar os preços na região onde vive, o cliente, em muitos casos, obtém melhores preços e acaba ajudando a fortalecer o comércio de bairro, situação que contribui para a geração de emprego para os vizinhos da empresa.

Um exemplo de boas vendas que resultaram em contratação de funcionário ocorreu com o jovem Jean Carlos de Almeida, o qual garantiu, pelo menos nos próximos meses, uma vaga em uma loja de roupas masculinas no bairro Jardim Samambaia. “Ainda bem que as pessoas das imediações da loja fazem a opção por comprar conosco, pois assim temos mais condição de vender e de conseguir trabalhar perto de casa”, diz.

Contudo, mesmo admitindo bons ventos na economia local, o empresário sabe que se faz necessário se manter competitivo no mercado da região onde está estabelecido, sob o risco de perder a clientela adquirida ao longo do tempo. “O atendimento ao cliente é uma parte em que não se pode descuidar, por isso, prezamos pela boa comunicação e pelo empenho em querer que a pessoa que veio até nós saia com uma boa impressão neste quesito”, discorreu.

 

DESAFIOS DO EMPRESARIADO

Para o comerciante Luiz Peres, que tem uma loja de confecções no Parque São João, o desafio de quem investe em uma microempresa de bairro é mostra de que o produto tem a mesma qualidade de outros grandes centros. “Nossa busca é pelo marketing qualitativo e a nossa maior propaganda é o famoso boca a boca, ou seja, a velha e boa indicação feita por aqueles que são clientes da loja”, menciona. O microempresário, no entanto, revela que o medo, no bairro, é o aumento da violência. “Infelizmente temos que conviver com isso o tempo todo, por isso, gastos com equipamentos de segurança nos deixam ainda mais endividados quando estamos iniciando um negócio”, declarou o microempresário, que já sofreu dois assaltos em um espaço de seis meses no bairro.

 

VENDAS DE NATAL

Com a proximidade do Natal as lojas acreditam que a movimentação tende a aumentar já nas próximas duas semanas, pois, para quem tem comércio de bairro, há o benefício de ver a clientela sempre próxima da loja, com isso, as novidades quando expostas nas vitrines despertam o interesse dos clientes mais fiéis. “Neste ano, mais uma vez, estamos vendo a influência de tendências americanas chegarem ao público como, por exemplo, os modelos de roupas usados pelos jovens rappers americanos que são bastante imitados pelo público jovem”, lembrou Jean Almeida.

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