Economia

Décimo terceiro salário anima comércio

No entanto, nas ruas, a presença das pessoas com sacolas é pequena

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Se desde o ano passado o clima da crise só cresceu entre os donos de lojas e demais empresas do comércio, a expectativa é que o cenário comece a mudar já a partir deste final de ano. Para alguns comerciantes, o fato da primeira parcela do décimo terceiro salário começar a cair na conta de uma parte da população, como os aposentados, pensionistas e funcionários públicos municipais, é motivo de animação.

A empresária Leila Charkie Moghrabi, dona de uma loja de vestuário no Centro da cidade, acredita que as vendas devem melhorar em torno de 3% nestes dois próximos meses, pois o início do pagamento do 13.º salário é usado, muitas vezes, para o pagamento de dívidas contraídas em meses anteriores o que abre espaço para que novas contas sejam feitas. “Precisamos que a economia reaja o quanto antes, pois tivemos um grande prejuízo no primeiro semestre”, explicou a empresária.

Segundo Leila, de junho a setembro, o movimento na loja se elevou, mas ela faz questão de afirmar que ainda não é possível dizer que o aumento sentido nos três últimos meses vai recompensar as perdas dos seis primeiros meses do ano. “Por isso, contamos com a injeção financeira que a cidade terá com a liberação da parcela do décimo terceiro salário”, diz.

 

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Nas ruas da cidade são poucas as pessoas que adentram as lojas e saem delas com um grande número de sacolas. “Vontade não falta, mas o bolso não deixa”, frisa a dona de casa Ana Alice. Ela declarou que a cidade precisa investir em grandes promoções para que as pessoas se motivem, um pouco mais, a ir às compras. “Não é fácil gastar com compras nestes tempos de custos altos de energia elétrica, altos custos dos combustíveis e elevação em várias mercadorias do supermercado, por isso os comerciantes deveriam se unir para reduzir suas margens de lucro ao máximo e movimentar o comércio com verdadeiras promoções”, sugere.

 

PESQUISA

Na última pesquisa feita, em agosto, pela Federação do Comércio do Paraná, a intenção de consumo das famílias paranaenses teve um aumento de 4,3% na comparação com o mês de julho. O índice é medido em pontos e precisa estar acima de 100 para ser considerado positivo. A intenção de consumo no Estado passou de 80,9 em julho, para 84,3 em agosto. Já nas classes com renda de mais de dez salários mínimos, o índice chegou a 87,6 pontos. A coordenadora de pesquisa da Fecomércio, Priscila Takata, explica que entre os fatores que fizeram com que o indicador crescesse estão as facilidades de acesso ao crédito e as perspectivas em relação ao mercado de trabalho e ao consumo.

A intenção de consumo dos paranaenses ficou, mais uma vez, acima do índice nacional, que teve 69,3 pontos, uma alta de 0,9% na comparação com julho.

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