Após os gastos de fim de ano, as famílias passam a se preocupar com outro custo, o da compra do material escolar. As aulas retornam no dia 5 de fevereiro, em Paranaguá e, por isso, as vendas começaram a se intensificar no comércio local.
O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Paranaguá (Sindilojas), Said Khaled Omar, afirmou que as lojas que vendem artigos de papelaria melhoraram após o dia 15 de janeiro. “Nessa semana, as vendas aqueceram o comércio e tivemos que contratar mais colaboradores. Os preços aumentaram pouco em relação ao ano passado. O problema ainda são os impostos”, disse Omar.
Segundo ele, os pais estão cientes dos preços e têm pesquisado muito antes de comprar.
“Quem oferecer o melhor serviço de atendimento e um preço justo vai conseguir bons resultados. Acredito que a economia está se recuperando e este ano será um ano melhor para todos”, ressaltou.
Itens estão 8% mais caros
Segundo um levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), em 2020, os itens nas prateleiras estarão 8% mais caros que o ano anterior. “Para a economia, o impacto das vendas de material escolar é pequeno porque se trata de um ramo específico (papelaria) e os produtos são de baixo valor, comprados à vista”, explicou a Associação.
Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) afirmou que os itens estão 8% mais caros que o ano passado
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), a carga tributária dos produtos é alta e pode chegar a 49,95% no caso da caneta. Outros produtos também chamam a atenção por suas cargas tributárias elevadas: lápis (34,99%), caderno (34,99%), borracha (39,29%) e mochila (39,62%), calculadora (44,75%), régua (44,65%), tesoura (43,54%) e agenda (43,19%). O item menos taxado é o livro (15,52%), que tem isenção de PIS, Cofins, ICMS e IPI.
Pesquisa de preços
O Procon-PR encontrou diferença de preços que chegam a 131% na pesquisa de material escolar. Ao todo, foram pesquisados mais de 100 itens, sendo consideradas, para o levantamento, marcas pré-definidas. Segundo o Procon, a diferença de preços encontrada foi significativa.
Uma das maiores variações foi a do caderno de 96 folhas da marca Foroni, que foi encontrado a R$ 5,99 até R$ 13,84. O lápis de cor com 12 cores da marca BIC teve variação de 78%, encontrado no valor de R$ 9,90 a R$ 17,60.