Aproveitar a véspera do feriado da Proclamação da República para fazer compras não foi a opção da maior parte dos parnanguaras que estavam no Centro da cidade na segunda-feira, 14. A maior parte deles, segundo as próprias falas, disse estar analisando os preços antes de, efetivamente, colocar o cartão de crédito na máquina ou tirar as cédulas da carteira e levar algum produto.
A dona de casa, Ary Almeida, disse que tem feito compras pontuais como foi o caso da busca por tecidos para incrementar uma peça de roupa que possui. “Ao invés de comprar uma nova, na loja, opto por mandar fazer”, comentou. Ela, que estava na companhia da filha mais nova, Luciana Almeida, revelou que sua intenção é evitar contrair dívidas que venham a comprometer o orçamento familiar. “Os tempos são outros e precisamos nos adaptar a essa realidade. Aproveito para trazer a minha filha adolescente para fazê-la entender um pouco de economia”, emendou a dona de casa, residente no Jardim Araçá.
Já o mestre de obras, Antonio Joaquim França, que mora na Vila Paranaguá, afirmou que comércio de Paranaguá está melhor em termos de atendimento e de produtos ofertados, mas o impedidor, neste momento, para que as compras se realizem é a situação financeira. “Para quem é autônoma a situação é igualmente delicada, pois vivemos na expectativa de que os serviços sejam solicitados, porém, em uma sociedade atual, sem dinheiro, ninguém compra, ninguém pede por serviços”, lamentou.
Apesar de alguns relatos de dificuldades para ir às compras, teve quem falasse justamente o contrário. Isso porque, o aposentado Nelson Batista foi tentar encontrar um aparelho de televisão para a sala de casa. “Temos este momento da vida, a aposentadoria, para ficar mais tempo em casa, então nada melhor do que uma boa e grande televisão”, disse.