Economia

‘Black Friday’ impulsiona vendas e comércio tem 2.ª maior alta desde 2000

O comércio acumulou alta de 2,5% em 2018 e de 2,6% nos últimos 12 meses

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Puxadas pelas promoções da “Black Friday”, as vendas no varejo de novembro aumentaram 2,9% na comparação com outubro, a segunda maior alta na série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em 2000. Com isso, o comércio acumulou alta de 2,5% em 2018 e de 2,6% nos últimos 12 meses. As informações foram divulgadas na manhã de ontem pelo IBGE.

Essa alta de 2,9% interrompe duas taxas negativas consecutivas, período em que o varejo acumulou perda de 1,8%. “O resultado de novembro compensou essa queda. A recuperação fica evidente não só pela taxa expressiva, mas pelo perfil predominantemente positivo entre as atividades”, explicou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.

A alta frente a outubro só não superou a de janeiro de 2017, quando as vendas cresceram 4% na comparação com dezembro de 2016. O resultado de novembro foi o melhor para o mês na série histórica. Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi de 4,4%, mantendo a tendência de 2017, quando houve alta de 6%.  

Um indicador da importância das promoções no resultado positivo de novembro foi a forte alta do grupo Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico, que cresceu 6,9% frente a outubro e 16,9% em relação a novembro de 2017. O grupamento engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc. e teve seu desempenho impulsionado pelas vendas on-line. Com isso, o setor acumulou alta de 7,3% nos últimos 12 meses.

“Quem mais influenciou o resultado positivo foram justamente as atividades mais sensíveis às promoções da Black Friday. São atividades que têm uma concentração de empresas que se beneficiam mais das vendas on-line, que é o foco das promoções de novembro. Observamos isso em relação a outubro, mas também com relação a novembro do ano passado”, analisa Isabella.

Apenas duas atividades em queda na comparação com outubro

Móveis e eletrodomésticos (5,0%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos (2,8%) também foram impulsionados pelas promoções. Já hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%), tecidos, vestuário e calçados (1,7%), combustíveis e lubrificantes (0,1%) também tiveram resultados positivos. Apenas duas atividades tiveram queda em relação a outubro: Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,9%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,2%).

“O patamar atual de vendas está próximo de junho de 2015. Ele coloca o comércio na menor distância do pico da série histórica desde então. Porém, mesmo com esse avanço importante, ainda está 5,1% abaixo do recorde, que foi em outubro de 2014. Por outro lado, já se distanciou do ponto mais baixo, que ocorreu em dezembro de 2016, quando estávamos -13,5% abaixo do pico”, completa Isabella.

O Varejo Ampliado, que inclui material de construção e veículos, motos, partes e peças, teve alta de 1,5% em novembro em relação a outubro e 5,8% na comparação com novembro de 2017. O resultado contou com contribuição importante de veículos, motos, partes e peças, que cresceu 12,8% diante do mesmo mês do ano anterior, embora tenha caído 2,2% frente a outubro.

Já regionalmente, o crescimento do varejo foi bem disseminado. Das 27 unidades da federação, 25 tiveram alta na comparação com outubro, com destaque para Bahia (8,7%), Rondônia (8,2%), Maranhão (7,7%) e Acre (7,6% e baixas apenas de Roraima (-0,1%) e Tocantins (-0,5). No varejo ampliado, somente Roraima (-1,5%) encerrou novembro com volume de vendas abaixo do mês anterior, com Rondônia puxando a lista de altas (7,4%).

Fonte: Agência IBGE

 

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