Ao longo de sua vida, Alexia Rederd dos Santos, de 23 anos, sofreu algumas ausências significativas. Quando tinha quatro meses, devido à separação dos pais, foi criada pelos avós, a quem os chamou de pai e mãe. O desejo de ser mãe sempre se fez presente até que, aos 19 anos, o sonho se concretizou.
Após uma gestação tranquila, Noah chegou saudável. Mas, com dois meses, começou a aparecer linfonodos no bebê e foi detectado um tumor na suprarrenal em cima do rim direito, em estágio quatro. Assim, começou a longa batalha de Alexia. Entre as idas e vindas ao Hospital Erastinho, tomografias, exames, internamentos, cirurgias e UTI, fizeram parte de sua rotina. “Do meu primeiro filho fui mãe oncológica e passamos por muita coisa no hospital”, contou Alexia.

A doença de Noah avançou, precisou fazer quimioterapias até que ele partiu, com 1 ano e 10 meses. Ela relata que precisou de muita força divina, e sentia a presença de Deus mesmo nos momentos de maior desespero. “Essa foi a única explicação para eu ter conseguido passar pelo sofrimento”, disse Alexia.
Embora sempre acreditasse em milagre, ela foi se conformando com sua partida. Mesmo assim, quando Noah faleceu, a dor foi incompreensível. Pensava qual seria o rumo de sua vida, não via sentido na vida sem seu filho. “Só sabia ser mãe”, disse ela. Quis engravidar novamente, para doar mais amor e pelo vazio que ficou sua vida.

Foi assim que Ayla chegou ao mundo, hoje com dez meses. “O segundo filho é tudo novo, o puerpério foi difícil. Mas, ser mãe deles foi a melhor coisa que me aconteceu, minha melhor escolha”, frisou Alexia.
Hoje, ela agradece a Deus pelos dois filhos, um casalzinho, como ela mesma menciona, para que pudesse exercer tudo aquilo que sabe fazer de melhor: ser mãe.
*Matéria produzida em colaboração com a iniciativa “Mães Inspiradoras”, do Santuário do Rocio.
Fotos: Arquivo pessoal