Os profissionais e gestores da Saúde que participaram do 6.º Encontro Mãe Paranaense em Curitiba, finalizado na sexta-feira, 5, se comprometeram a ampliar a redução da mortalidade infantil no Estado para atingir índices menores que 10. Atualmente, a média estadual é de 10,49 mortes de bebês por mil nascidos vivos, o menor índice da história da saúde pública paranaense. De acordo com a diretora da 1.ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, no litoral a média de 2016 foi 10,50. “Todos os municípios litorâneos participaram com representantes desse evento e o desafio que o Paraná propõe é que o Estado alcance um dígito no índice de mortalidade infantil”, comentou Ilda. Em 2015, o litoral alcançou esse índice com o coeficiente de 9,21. “Como em 2015 o litoral já alcançou a casa de um dígito, esperamos que com o envolvimento das equipes de saúde de cada município trabalhando firme durante os pré-natais e mesmo após o nascimento da criança no acompanhamento nas unidades de saúde, reduziremos o número de mortalidade infantil. O desafio da redução do coeficiente de mortalidade infantil para um dígito passa pela organização dos serviços da atenção primária em cada unidade de saúde”, frisou. “As famílias também têm um papel fundamental com as mães realizando o pré-natal e dando continuidade ao acompanhamento médico de seus filhos após o nascimento e saída do hospital”, salientou. “O desafio é a organização dos serviços, inclusive do pré-natal, a estratificação de risco da gestante e lembramos que o Hospital Regional do Litoral é referência para gestação de alto risco, inclusive estamos em um momento de readequação do nosso ambulatório de alto risco, pois na próxima semana assumirá a direção definitiva do hospital”, observou.
O desafio, lançado pelo governador Beto Richa, foi reforçado durante as oficinas de atualização dos protocolos da Rede Mãe Paranaense durante os dois dias do encontro. Médicos e enfermeiros de Unidades de Saúde municipais, dos centros Mãe Paranaense e hospitais da rede tiveram acesso aos dados epidemiológicos da atenção materno-infantil do Estado e a novos protocolos de atuação.
Uma das novidades deste ano é o Manual de Gestão de Caso. Um instrumento que vai permitir sistematizar a atenção às gestantes identificadas como de risco intermediário e alto risco, como gestantes indígenas (risco intermediário) ou mulheres hipertensas e diabéticas.
NÚMEROS
Coeficiente de óbito infantil por mil nascidos vivos
Em 2015
Antonina 3,86
Guaraqueçaba 11,24
Guaratuba 13,96
Matinhos 7,89
Morretes 4,42
Paranaguá 8,10
Pontal do Paraná 18,18
Em 2016
Antonina 15,9
Guaraqueçaba 30,3
Guaratuba 9,8
Matinhos 7,4
Morretes 8,7
Paranaguá 9,3
Pontal do Paraná 14,5
Mortalidade infantil 2016
Antonina 4
Guaraqueçaba 3
Guaratuba 5
Matinhos 3
Morretes 2
Paranaguá 20
Pontal do Paraná 5
Nascidos vivos 2016
Antonina 252
Guaraqueçaba 99
Guaratuba 512
Matinhos 407
Morretes 231
Paranaguá 2.160
Pontal do Paraná 346
Foto: Antonio Costa