Além de fortalecer o vínculo entre mãe e bebê, a amamentação diminui os riscos de a mulher desenvolver anemia, osteoporose, doenças cardíacas, câncer de mama e de ovário, depressão e hemorragia pós-parto, além de ser um ato prazeroso e que aumenta a autoestima. A enfermeira e professora de cursos na área da saúde, Legiane Bortoli, falou sobre a importância da amamentação para o bebê. “A amamentação é a primeira vacina que o bebê toma e é importante que haja uma orientação às mulheres no período gestacional para que elas preparem as mamas durante esse período que antecede o nascimento do bebê. Além disso, elas devem receber informações de quanto tempo elas devem amamentar no mínimo e a importância desse ato”, afirmou.
Legiane salientou que além dos benefícios ao bebê amamentado no peito, o ato é benéfico também para as mães. “O leite materno já está pronto, quentinho, adequado, não há risco de intolerância, não causa diarreia e, além disso, não há custos financeiros aos pais e ainda auxilia na involução uterina, ou seja, o útero da mulher volta ao normal muito mais rápido, a mulher ao seu peso corporal mais rapidamente, o sangramento e as cólicas diminuem, isto é, são muitos os benefícios para mãe a para o bebê”, enfatizou.
Conforme a enfermeira, é importante que a mulher cuide das mamas no período gestacional, não utilize produtos nas auréolas ou bicos dos seios. Não é mais indicado, como no passado, a utilização de buchas para esfregar essa região do corpo no período gestacional. “Para fortalecer a auréola do peito que já se modifica para receber a boca do bebê, a mamãe pode tomar sol na região durante 15 minutos por dia, evitando o sol das 10h da manhã até às 16h. Se tomar o sol for impossível, pode usar uma lâmpada próxima a região para aquecê-la e fortalecer a mama”, orientou. “A mulher pode também fazer um furo no sutiã para que o mamilo roce na camiseta e, com isso, o deixe fortalecido”, aconselhou.
MÃES
Enzo está com 5,250kg e tem 2 meses, sua mãe, Camila, fala com muito carinho sobre toda a preparação para recebê-lo e hoje tê-lo nos braços. “Desde que engravidei li muito sobre amamentação e vi vários vídeos também. Tinha muita vontade de amamentar, mas ao mesmo tempo, muito medo, pois a gente ouve de tudo um pouco, tanto experiências boas como experiências ruins”, comentou. “Assim que o Enzo nasceu fui amamentar e tive algumas informações erradas no próprio hospital. No qual eles diziam que meu bico não era ideal para a amamentação e que eu teria que usar um bico de silicone para ajudá-lo. Como mãe de primeira viagem comprei o tal bico. Ele mamava com o bico de silicone, mas chorava muito”, lamentou.
Camila contou que na primeira consulta com o pediatra ele a informou que ela teria que abandonar o bico de silicone, pois assim não estava estimulando a produção de leite. “Senti que os profissionais da área da saúde não falam a mesma linguagem. E como mãe de primeira viagem fiquei preocupada. Muitas vezes, no começo, amamentei chorando. Passava horas com ele no peito. Até que com 10 dias, encontrei uma amiga que é consultora em amamentação e ela me deu todas as dicas. Foi o que eu precisava. Desde este dia amamento o Enzo somente no peito e em livre demanda. É a melhor sensação do mundo, é o nosso momento”, comemorou. “A amamentação é muito importante, pois no meu leite tem todas as vitaminas e nutrientes de que ele precisa. Pretendo amamentar até quando o meu corpo permitir e o Enzo quiser”, garantiu.
Camila fala com orgulho e felicidade em ser mãe e toda a alegria de estar com seu filho nos braços. “Acho que a gente se torna mãe a partir do momento que nasce um filho. Sempre digo que quando nasce um filho, nasce uma mãe. É algo meio instintivo. Tenho muita sorte de conseguir amamentar meu filho, pois é um momento mágico. Algo de Deus, realmente. Para mim é muito prazeroso amamentar”, frisou.
Emanuele Lobo é mãe do pequeno Miguel e lembrou as dificuldades no hospital com a primeira amamentação. “Foi um pouco difícil, pois o famoso bico não se formava então ele sentiu dificuldades para mamar, mas isso ocorreu no hospital apenas. Após a ida para casa, ele pegou bem e até então mama em bastante quantidade e várias vezes ao dia. Não tem horário fixo é no horário dele”, contou. Emanuele disse que escolheu amamentá-lo enquanto tiver leite e ele quiser. “Acho importante para o crescimento dele e também para o nosso toque, pois ter esse contato com ele me faz ver o quão maravilhoso é ser mãe”, destacou Emanuele, contando que Miguel só dorme no peito. “Não dorme de outra maneira. Pode estar caindo de sono mas enquanto não deito com ele e dou de mamar ele não dorme”, garantiu.
Emanuele é mãe do pequeno Miguel e acredita que a amamentação é muito importante para o bebê
Miguel está com três meses, 7,500Kg e 64 centímetros. “É um bebê saudável e gordinho. Dorme muito bem e nunca teve cólica”, frisou. Não fiz a dieta que tem que ser feita para o bebê não ter cólica. Como o que tenho vontade até hoje e, graças a Deus, ele nunca teve cólica. Lógico, tem alimentos que me privo que sei que não fazem bem nem para mim nem para ele”, revelou.
Emanuele sonhava em ser mãe. “Era um sonho ser mãe. No início mesmo sendo um sonho foi um susto, pois não foi planejado, mas me sinto realizada e muito especial. Eles nos ensinam muitas coisas mesmo sem ainda falar. A amamentação é muito importante e eu me sinto privilegiada em poder alimentá-lo com o meu leite e não preciso complementar com outro tipo de leite”, ressaltou.
Larissa Cordeiro Freire é mãe de Pedro, um lindo menino que foi amamentado desde o nascimento. “Foi natural, assim que o Pedro nasceu as enfermeiras do hospital me ajudaram na primeira mamada, logo de primeira ele já conseguiu pegar no peito e o colostro saiu. Foi perfeito. Confesso que nessa hora deu um alívio porque eu sei que muitas mãezinhas têm dificuldade na primeira, mesmo com o todo o suporte dos profissionais”, comentou.
Larissa disse que a adaptação para amamentar pode ser difícil tanto para a mãe quanto para o bebê. “No início, o ganho de peso do Pedro foi devagar e para mim foi um susto, porque ele mamava muito, mas conversando com outras mães eu vi que era normal ele demorar para recuperar o peso perdido logo após o nascimento. A pediatra pediu para que ele mamasse de duas em duas horas, para diminuir o tempo da mamada e mamar mais vezes ao dia. Realmente assim ele ganhou peso e agora conseguimos regular o ritmo e o peso e, claro, vimos que nosso bebê fica mais esperto e mais gordinho a cada dia que passa”, detalhou. “Amamentar é a melhor coisa que nós mães podemos fazer pelo nosso bebê, amamentar é divino. É um privilégio amamentar, me sinto abençoada porque sei que essa é a melhor forma de alimentar meu bebê para ele crescer e ser saudável. Além disso, o leite materno protege a saúde do bebê dando imunidade contra doenças”, avaliou.