Paranaguá ganha o maior painel de arte urbana do litoral do Paraná

Paranaguá ganhou na quarta-feira, 28, como presente de aniversário de 373 anos, o maior painel de arte urbana do litoral do Paraná. Através de uma parceria entre a Qualy, por meio da companhia BRF, junto ao Aquário de Paranaguá, uma obra de arte entrou em exposição a céu aberto na Praça Mário Roque trazendo diversos elementos artísticos da cidade-mãe do Paraná, bem como da Qualy, que comemora 30 anos de funcionamento de sua fábrica no município. O responsável pelo painel, Giovanni Negromonte , o “Gio Negromonte”, advogado e artista, explicou como foi o processo de criação da obra e a importância de resgatar a cultura e a história do município por meio da arte urbana. 

“Esse painel é uma homenagem da Qualy dos 30 anos da BRF em Paranaguá e eles fizeram para entregar como comemoração ao aniversário da cidade. Então, eu fui contratado pela Qualy como artista selecionado, eles me procuraram, viram o meu trabalho, e entraram em contato comigo”, afirma Negromonte.

Segundo Negromonte, o painel não faz parte do projeto Pguá Mais Cores, entretanto é uma total complementação à iniciativa e vai de encontro à mesma ideia: trazer a arte para as ruas de Paranaguá. “As parcerias firmadas foram com a Qualy e o Aquário de Paranaguá. Este certamente será o maior painel de arte urbana do litoral do Paraná atualmente, com 200 metros quadrados pintados. É uma obra de grande proporção, que envolve muita dificuldade, porque você tem que tratar de fazer a limpeza, o fundo, segurança, contratar andaimes e pessoas para ajudar. É uma obra importante que precisa ser gerenciada”, explica, destacando que o processo artístico começou no último dia 14.

Escolha da composição da obra

O artista explica que a obra de arte foi escolhida através de cinco histórias da própria população que foram escolhidas após a Qualy abrir votação em seu site. “Aí eu teria que colocar essas histórias  dentro do painel, que possui uma mulher segurando um bolo referente ao aniversário, com as velinhas dos 373 anos de Paranaguá. Esta mulher eu pensei nela como a mãe do litoral, visto que Paranaguá é o município com este significado na região. Ela tem inclusive um terceiro olho de peixe, relativo à relação do município com o mar”, detalha. “Embaixo dela tem uma mesa de pessoas tomando café, com a Fontinha histórica de Paranaguá, que é a mais antiga do Estado, chamando a atenção no sentido de valorização do nosso patrimônio histórico, que seja mais cuidado”, explica.

“Ao fundo da obra tem a montanha do gigante. Além disso, faremos na lateral da obra quatro meninos pulando do trapiche no rio Itiberê, uma referência a Paranaguá e à infância que temos na cidade, de ser criado na rua, usufruindo da cidade, retomando esta utilização da cidade com referência ao rio onde as crianças brincam. O objetivo é retomar o uso da cidade e do seu espaço público, para além do fator apenas econômico, vivenciando a sua cidade”, explica.

Felicidade em homenagear Paranaguá

“Fico muito feliz de fazer este painel em homenagem à minha cidade. Eu não nasci aqui, nasci em Recife, mas sou criado aqui desde pequeno. Assim como nos projetos Pguá Mais Cores e Desabandonar, fazemos tudo para melhorar a cidade, o convívio com a sociedade, trazer a arte para a população de forma acessível, celebrando estes 373 anos”, destaca.

“Paranaguá é um lugar muito afetuoso, que temos muito carinho e prezamos pelo cuidado, para que melhore e que seja de fato uma cidade-mãe, com os cuidados que ela merece. Que consigamos evoluir cada vez mais, beneficiando e salvaguardando a nossa cultura popular e histórica, nosso meio ambiente, compreendendo o caminho que Paranaguá deve seguir”, ressalta Gio. “Agradeco o Shelps que está fazendo o painel comigo, o pessoal que colaborou no pintou junto o fundo que foi o Randir, o Nícolas, o Pedro e o João”, finaliza.

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Foto: Divulgação