O Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (IHGP) está fechado para manutenção. O prédio, construído há 124 anos, está com problemas que necessitam ser sanados para que a instituição continue prestando serviço ao público.
Para isso, será feito um mutirão com integrantes da diretoria para tentar resolver os problemas básicos, sendo que o principal deles é infiltração nas paredes e os fungos e cupins que estão prejudicando o acervo. O Instituto Histórico possui um acervo de aproximadamente 3 mil peças entre objetos pessoais de personalidades que marcaram o passado de Paranaguá, livros, fotos e documentos em geral.
De acordo com o presidente da instituição, Diogo Alves, existe uma proposta de orçamento para elaboração do projeto de restauro. Até março vai ser protocolado Junto ao Ministério da Cultura e Educação um projeto que visa à restauração do prédio.
Diogo Alves é o presidente do IHGP e explica que em março o prédio será reaberto
“O prédio é antigo e sempre esteve aberto ao público, e em todo esse tempo recebe apenas reparos que resolvem os problemas de forma momentânea. Por isso, estamos projetando um restauro. Mas esbarramos em várias questões e a maior delas é a falta de recursos. Vivemos apenas com as mensalidades dos sócios que é de R$ 200,00 (anual). Temos muitas despesas para manter o prédio, como conta de água, luz, Internet e limpeza pública. As janelas que ficam na parte de trás estão fechadas porque estão danificadas e quase caíram no final do ano. São janelas de 2 metros de altura que não podem ser abertas por questão preventiva de acidentes”, explica.
A própria diretoria vem mantendo o prédio com recursos próprios, mas que segundo ele são insuficientes para resolver os problemas que o prédio possui atualmente. “Mesmo que estes problemas não sejam sanados, o Instituto Histórico será reaberto em março para atendimento ao público”, antecipa.
HISTÓRIA
Construído em 1896 para sediar a escola humanitária, foi transformado em Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá. Têm em seu acervo jornais, porcelanas, armas, moedas e instrumentos de trabalhos e peças do século XVII e XVIII.
Desta coleção, destacam-se os manuscritos originais de Vieira dos Santos, a imagem de Nossa Senhora das Vitórias e o canhão do corsário francês que naufragou na ponta da ilha da Cotinga, em 1718. O prédio abrigou também o primeiro Posto de Vacinação do Distrito Sanitário de Paranaguá. Desde 1931 é a sede do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá.