Cyro Matoso é enredo de Escola de Samba

O cineasta e artista plástico de Paranaguá, Cyro Matoso, é o enredo da Escola de Samba Ponta do Caju para o desfile carnavalesco de 2017. Os preparativos iniciaram em 2015 e foram paralisados em função do adiamento do Carnaval do ano passado.

Cyro continua com a mesma empolgação na expectativa pela homenagem que vai receber da comunidade. Esta é a primeira vez que ele se torna tema central de um desfile de Escola de Samba. “Sempre colaborei com o Carnaval da nossa cidade, desde os tempos dos blocos Vai Quem Quer, Carijós e Desmelhelhengues da Costeira. Ajudo da forma que posso, desfilando e construindo algumas alegorias”, contou o artista.

 Pela primeira vez o parnanguara será tema central do carnaval

A ideia da homenagem partiu da própria diretoria da agremiação contando com o apoio da comunidade. O enredo é “Artista nato, cria, produz e vive Paranaguá”, o qual traduz um pouco da vida do parnanguara que é conhecido por seu talento múltiplo em várias áreas.

Os ensaios da bateria iniciaram no bairro sob o comando do mestre Odinei. As fantasias estão sendo confeccionadas levando temas que falam sobre a vida do artista. A presidente Audileia Ramos convida as pessoas interessadas em desfilar na escola para que compareçam aos ensaios da bateria, todas as noites a partir das 21h. 

Bateria é comandada pelo Mestre Odinei 

Trajetória

Artista plástico premiado, desenhista e ilustrador de revistas em quadrinhos, Cyro é mais conhecido por trabalhar com filmagens. A falta de recursos ou técnicas arrojadas nunca foram empecilhos para que Cyro deixasse de produzir seus filmes. Foi através da superação que Cyro foi ganhando notoriedade no cenário cinematográfico, chegando a conquistar prêmios nacionais através das filmagens em super-8. Neste sentido se destacam A Aparição da Virgem do Rocio e Grazi na Terra do King Kong.

A página virtual da Cine Academia Brasileira cita o parnanguara através de seus feitos, da seguinte forma: “Em 1976 Cyro já ensaiava seus primeiros sucessos. Os bonecos de argila e os cenários de papel permeavam a imaginação dos pequenos que se amontoavam para assistir as gravações”.

Entre seus principais trabalhos estão: A Aparição da Virgem do Rocio (1975), A Lenda das Encantadas (1978), Joanita Doce Caiçara (1995), Jurema, a Última Guerreira (1993), e O Mistério da Casa Afundada (2008), que foi seu primeiro trabalho digital, e ironicamente o que mais demorou.