A música e a arte afloram em muitas pessoas desde muito cedo. Um exemplo disso é o pianista e compositor brasileiro Tulio Ayres, que aos sete anos de idade já iniciava seu aprendizado no piano com aulas regulares, sendo que antes disso já tocava o instrumento, algo que vem de família. Desde então, o músico, nascido em Laranjeiras do Sul e que morou cerca de 10 anos em Paranaguá, estudou muito e ainda estuda atualmente cerca de 10 horas do dia, ganhando destaque no cenário artístico nacional, sendo admitido na Escola de Música e Belas Artes do Paraná sob orientação da grande pianista russa Olga Kiun, agraciado com a Bolsa de Estudos DIEUWERTJE MEIJER, para pianistas de destaque.
Tulio está em Paranaguá durante a semana, e veio realizar a abertura do Festival de Música Livre (Femul) a convite da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secultur), onde também será jurado e realizou workshop na sexta-feira, 22. O pianista atualmente reside em Curitiba, onde estuda, dá aulas e desenvolve cada vez mais o seu talento musical e artístico, inclusive com o álbum”Primeiras Obras” disponível nas plataformas de streaming.
Femul
“Fui convidado para o Femul que está em sua sexta edição, é um festival de música livre, com muitas categorias e um edital onde os participantes puderam estar se inscrevendo, abrangendo intérpretes, instrumental, autoral, algo bem interessante. O festival começou na quarta-feira, 21, e tive a honra de fazer a abertura do Femul em um concerto com vários compositores, foi bem legal, o pessoal adorou, a receptividade aqui em Paranaguá é sempre muito grande. Eu morei cerca de 10 anos aqui e é uma cidade que me traz lembranças muito boas”, ressalta o músico, agradecendo a Secultur pelo convite.
O pianista ressalta também a importância cultural e artística de Paranaguá com compositores históricos que nasceram na cidade-mãe do Paraná como Brasílio Itiberê, Villa Lobos que morou na cidade e tocou no Club Litterario, entre outros. “Serei jurado junto à cantora Júlia e ao trompetista Rinaldo. O Femul começou na quarta-feira, 20, com sete apresentações, bem como oito na quinta-feira, 21, e na sexta-feira, 22, nove apresentações. O Femul ocorrerá até o sábado, 23, no Teatro Rachel Costa, quando haverá a final”, ressalta.
“O festival é uma ótima oportunidade ao público para assistir as apresentações, sendo que o Femul deverá ser realizado constantemente, bem como é importante para talentos parnanguaras mostrarem o seu trabalho”, salienta o artista. “É uma competição, só que no fundo não é isso que importa, é uma oportunidade de todo mundo dar o seu melhor ao público”, frisa, ressaltando que no palco é algo totalmente diferente do que na gravação, sendo que o Femul permite contato com outros artistas e produtores.
Carreira e início entre Paranaguá e Curitiba
“Nasci em Laranjeiras do Sul em 2001, tenho 21 anos, morei lá um tempo e mudamos muito de cidade e sempre estudando piano, comecei a estudar com a minha irmã em casa, ela era professora de piano, depois disso comecei a fazer aulas regulares de piano com sete anos. O piano sempre foi para mim algo muito mágico, não sei explicar, ele me tira da realidade quando estou tocando, esqueço de tudo. Quando tinha oito anos de idade eu ia duas vezes por semana de Paranaguá para Curitiba para fazer aula de piano, minha mãe me levava e depois de um tempo eu comecei a ir sozinho”, frisa Ayres. Nessa época, ele ressaltou que não “podia ver um piano que queria tocar”.
Ainda criança, sua mãe estava em Paranaguá e descobriu que havia um piano orquestral de cauda no Club Litterario, algo que ele não tinha acesso na época. “Cheguei no Litterario e estavam lá o Carlos Lobo, o Ivan Lapolli, entre outros membros e pedi se poderia tocar. Toquei e o Dr. Carlos Lobo, que é filho da Elfrida Lobo, contou do casarão e de sua mãe e ficamos muito amigos desde então. Ele sempre me incentivou nos meus estudos. Fui estudando, foi então que conheci a minha professora, Olga Kiun, e a partir de então foi outra história, muito puxado e o que me levou a obter a primeira colocação no vestibular na prova de piano da Escola de Música e Belas Artes do Paraná”, explica, destacando que está no 3.º ano da faculdade.
Na Escola de Belas Artes ele foi representante da classe de instrumentos da faculdade por dois anos consecutivos. “Sou professor de piano em Curitiba, tenho uma boa classe de alunos e os preparo para vestibular e tudo mais e acredito que essa minha trajetória me trouxe aqui ao Femul, algo que fico agradecido, bem como sei a responsabilidade disso, pois avaliar alguém é muito difícil. Fazer a abertura do Femul foi um prazer”, frisa, ressaltando que é professor há cerca de seis anos, ou seja, desde os 15 anos de idade.
Workshop
Na sexta-feira, 22, o pianista realizou um workshop em Paranaguá das 15h às 17h, aberto ao público. “No workshop abordei um pouco de tudo, um pouco do mercado e carreira musical, técnica, performance, práticas corporais, consciência corporal, tudo que envolve a performance, todo o processo”, afirma Ayres, que começou a dar aulas de piano há cerca de seis anos.
Álbum
Tulio Ayres ressaltou que o seu álbum “Primeiras Obras” foi escrito dos oito aos 17 anos de idade e conta com obras autorais harmonicamente simples e com muito sentimento. “O CD foi feito na gravadora Gramofone em Curitiba com incentivo da própria gravadora que patrocinou o meu CD. O álbum foi gravado e lancei mil cópias, quando fiz o concerto de lançamento estava já com umas 100 cópias, algo bem legal”, frisa, ressaltando que o álbum está disponível nas plataformas de streaming.
Como acompanhar a carreira
Para quem quiser acompanhar a carreira de Tulio Ayres, pode acessar o Instagram @tulioayrespiano ou o site do pianista e compositor.
