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Coronavírus

Uso de máscaras será necessário até se obter o controle real da pandemia

Médico afirmou que não basta vacinar toda a população, é preciso reduzir a transmissão da doença

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As máscaras, de tecido ou descartáveis, são fundamentais para evitar a Covid-19, conforme a demonstração de estudos. Para aposentar de vez o acessório, o médico Jonathan Aredes, que atua na rede pública em Paranaguá, afirmou que não basta vacinar toda a população, é preciso reduzir a transmissão da doença.

O governo dos  Estados Unidos chegou a anunciar a não obrigatoriedade do uso de máscaras. Mas, no fim do mês passado voltou atrás. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) atualizou suas diretrizes, recomendando que pessoas vacinadas, em algumas regiões do País, voltassem a utilizar o acessório para evitar a Covid-19 em locais fechados.

“De acordo com especialistas infectologistas, o momento mais oportuno e seguro de se deixar  de usar de uma vez por todas esse acessório, somente será possível quando obtivermos um real controle da pandemia. E isso não significa que irá acontecer quando todos nós estivermos vacinados, e sim quando a taxa de transmissão da doença estiver realmente baixa. Com as novas variantes do Covid-19, a circulação do vírus ainda é alta, mantendo essa taxa de transmissão alta também”, explicou o médico.

Segundo ele, por enquanto, as medidas não farmacológicas ainda são a principal forma de prevenção da doença. “Utilizar álcool gel, lavar as mãos com água e sabão, manter o distanciamento social e utilização de máscaras, bem como evitar aglomerações e manter o ambiente bem ventilado”, afirmou Aredes.

Máscaras N95

Por sentirem mais segurança e proteção, algumas pessoas têm optado pelo uso das máscaras N95, modelo de utilização hospitalar que filtra elementos contaminantes, com eficácia de 95%. “Não há evidências científicas que justifiquem a necessidade do uso de máscaras N95 e PFF2 pela população geral. Porém, sabe-se que pela sua maior capacidade de filtragem do ar respirado, em situações em que não seja possível evitar lugares fechados, mal ventilados ou com aglomerações (ônibus, metrôs), talvez valha a pena considerar o seu uso”, analisou o médico.

Crianças

Foto: Pixabay

A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere que as máscaras sejam utilizadas por todas as pessoas acima de dois anos de idade. “A Sociedade Brasileira de Pediatria explica que crianças menores de dois anos têm risco aumentado de sufocação quando se utilizam máscaras. Entre dois e cinco anos, uso com supervisão constante, uma vez que o acessório causa desconforto e necessita de ajustes frequentes pelos pais”, pontuou Aredes.

A pandemia não acabou

O avanço das campanhas de vacinação contra a Covid-19 diminuiu  os números de internações pelas formas graves da doença. “Mas, não deixou de ser transmissível ou acabou com os riscos de complicações. Dessa forma, as medidas básicas de prevenção não devem ser deixadas de lado, pois são a forma mais segura de evitar o contágio até que a pandemia seja controlada de fato”, frisou Aredes.

Uma pessoa que está com a imunização completa ou, ainda, que recebeu a dose única da Janssen, pode transmitir a doença. “As chances de uma pessoa imunizada transmitir a doença é menor do que uma pessoa que não foi vacinada, porém não significa que uma pessoa vacinada não a transmita. Isso é possível porque mesmo vacinados, ainda podemos abrigar o vírus em nosso organismo, mesmo em pequenas proporções e, dessa forma, transmiti-los a outras pessoas da mesma forma que as pessoas não vacinadas”, completou o médico.

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