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Coronavírus

Terceira dose da CoronaVac reconhece Ômicron e protege contra variante

Reforço garante aumento de níveis de anticorpos que se mantêm por longo tempo

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Foto: Jonathan Campos/AEN

Na última semana, o Instituto Butantan, que realiza a fabricação da vacina CoronaVac junto ao laboratório chinês Sinovac no Brasil, anunciou que um estudo de fase 3, feito no Chile, demonstrou a terceira dose da aplicação do imunizante em pacientes realiza o reconhecimento da Ômicron e protege contra a variante. De acordo com a entidade científica, a dose de reforço reconhece a proteína Spike da nova cepa, da mesma maneira que realiza com relação à cepa original do SARS-CoV-2 e às variantes gama e delta.

Segundo o Butantan, as conclusões científicas indicam “que o imunizante pode conferir proteção contra a ômicron, assim como contra as demais variantes de preocupação”, detalha. “O estudo realizado pelo Instituto Milênio de Imunologia e Imunoterapia, em conjunto com as Faculdades de Medicina e de Ciências Biológicas da Pontifícia Universidade Católica do Chile, demonstrou ainda que a dose de reforço da CoronaVac induziu o fortalecimento da imunidade contra o SARS-CoV-2, restabelecendo os níveis de anticorpos neutralizantes e células T contra a Covid-19 acima dos níveis obtidos na segunda dose e que essa elevação na proteção se mantém por, ao menos, um ano após o recebimento da primeira dose”, afirma a assessoria.

“Os resultados deste estudo científico-clínico mostram que este esquema de vacinação [de três doses] induz anticorpos contra a proteína Spike (S), anticorpos neutralizantes e resposta imune celular antiviral, baseada em linfócitos T produtores de interferon gama (IFN-γ) [uma citocina liberada após ação da resposta imune]”, informa o estudo divulgado pelo Butantan.

Dados animadores

O instituto afirma que, apesar de serem ainda informações preliminares indicadas pelo estudo, os dados são considerados animadores no que se refere à capacidade dos vacinados com a CoronaVac em reconhecer componentes da Ômicron. A imunologista e liderança científica do Butantan, Denise Tambourgi, explica que, apesar de preliminares, as informações do estudo “sugerem que a terceira dose de CoronaVac é uma proteção a mais contra a variante ômicron; indicam que a vacina induz uma resposta imune celular contra a ômicron”, acrescenta

“A CoronaVac induz memória imunológica e, quando se toma outra dose, ela é estimulada. Além disso, esse estudo evidencia que a produção de anticorpos se mantém por um longo tempo após a terceira dose, o que é promissor”, afirma a imunologista.

Mais sobre o estudo no Chile

Segundo a assessoria do Butantan, a análise feita por cientistas do Chile foi realizada com base na aplicação da dose de reforço da CoronaVac seis meses após 12 pessoas terem recebido a primeira dose od imunizante. “Além desse estudo, há outras pesquisas em andamento no Chile que avaliam a resposta imunológica da dose de reforço do imunizante do Butantan e da Sinovac. A CoronaVac é amplamente usada em adultos, idosos e crianças no país andino e estudos de efetividade realizados no país demonstraram que a vacina previne casos sintomáticos de Covid-19 em 80% e hospitalização em 88%, segundo dados do Ministério da Saúde chileno”, finaliza o instituto.

Com informações do Instituto Butantan

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