A vacinação contra a Covid-19 é definitivamente o assunto do momento, principalmente por representar o caminho obrigatório para a superação da pandemia que assola o Brasil desde março de 2020. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) esclareceram uma dúvida importante sobre a imunização com relação a pessoas que estão com diagnóstico positivo ou com sintomas do Coronavírus e orientação a esses pacientes, que devem aguardar quatro semanas para tomar a primeira ou a segunda dose da vacina contra a Covid-19.
Quem teve Coronavírus e se recuperou da doença pode se vacinar. “Não há evidências, até o momento, de qualquer risco com a vacinação de indivíduos com histórico anterior de infecção ou com anticorpo detectável para SARS-CoV-2. Além disso, como há casos de reinfecção e mesmo novas variantes do vírus circulando, ainda não existem evidências de que quem pegou a doença já esteja automaticamente imunizado”, explica a Sesa.
Entretanto, a situação é diferente com pacientes que estão com sintomas ou diagnóstico positivo da Covid-19, onde é melhor esperar para tomar a primeira ou a segunda dose. “De acordo com o Ministério da Saúde, é improvável que a vacinação de indivíduos infectados, em período de incubação, ou assintomáticos tenha um efeito prejudicial sobre a doença. Porém, recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas com quadro sugestivo de infecção, para se evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais. Como a piora clínica pode ocorrer até duas semanas após a infecção, a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas”, esclarece a Secretaria de Saúde.
Atraso para aplicação da segunda dose
No caso de pessoas que tiveram que atrasar a segunda dose de aplicação do imunizante, devido ao diagnóstico positivo da doença e necessidade de aguardar quatro semanas para aplicação do imunizante, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) explica que a dose complementar pode ser aplicada mesmo com dias de atraso. “Para garantia da eficácia esperada e documentada nos estudos, as vacinas devem ser aplicadas de acordo com os intervalos estipulados para cada uma, mas não é preciso recomeçar o esquema em caso de atraso. Basta tomar a dose que falta, completando o esquema e obtendo a expectativa de proteção documentada. É preciso lembrar que não temos conhecimento sobre a proteção conferida entre as doses”, informa.
Outro ponto importante é que a pessoa se imunize com a segunda dose da mesma vacina que foi tomada na dose inicial. “Os esquemas de vacinação devem ser completados com a mesma vacina. No caso de pessoas vacinadas de maneira inadvertida com duas vacinas diferentes, a orientação do Ministério da Saúde (MS) é informar no “e-SUS Notifica” que houve erro de notificação e acompanhar possíveis eventos adversos e episódios de falha vacinal. Isso porque ainda não há dados bem estabelecidos sobre a segurança ou eficácia em situação de intercambialidade”, destaca.
Segundo o MS, pessoas que tomaram doses de vacinas diferentes para completar o esquema vacinal “não poderão ser considerados devidamente imunizados”, sendo que, atualmente, não é recomendada a administração de doses adicionais de vacinas Covid-19. “O MS poderá atualizar essa e outras recomendações por meio de Informes Técnicos que têm sido divulgados periodicamente. Fique atento”, orienta a SBIm.
Importância da segunda dose e registro da primeira
Somente com a segunda dose o esquema vacinal será completo e a pessoa terá eficácia total do imunizante aplicado contra o Coronavírus. Nesse ponto, é essencial que o paciente garanta o registro da aplicação da segunda dose e o leve no dia de tomar a dose complementar. Segundo a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, é importante o registro do vacinado, pois isso garantirá o recebimento da segunda dose. “A partir da aplicação da segunda dose as pessoas estarão mais protegidas contra a Covid-19 e para isso destacamos que é fundamental o registro da primeira vacina recebida”, finaliza.
Com informações da Sesa e SBIm
Foto: Prefeitura de Paranaguá/Secom