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Coronavírus

Médico explica possibilidade de reinfecção por Covid-19 em Paranaguá

Jhonatan Aredes afirma que aumento de casos da doença possui relação com novas variantes e ausência de respeito às medidas preventivas (Foto: Divulgação)

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Médico explica possibilidade de reinfecção por Covid-19 em Paranaguá

45% dos casos de Covid-19 no Paraná ocorrem devido à nova variante 

O aumento de casos da Covid-19 observado no litoral do Paraná, bem como em todo o Brasil, nas últimas semanas, aumentou a discussão sobre a possibilidade de uma pessoa ser infectada mais de uma vez pelo Coronavírus, visto a presença de novas variantes e por parte da população seguir realizando aglomeração e desrespeitando o uso de máscara e distanciamento. Apesar de o cenário ser preocupante, segundo o médico Jhonatan Aredes, ainda não há casos confirmados de reinfecção por Covid-19 em Paranaguá.

“Tem-se notado sim um aumento nos casos no litoral, acompanhando a curva do país. É fácil observar quando temos um sistema de saúde esgotado e com dificuldade de acolher tantos casos confirmados e suspeitos. No entanto, não há casos confirmados de reinfecção em Paranaguá, até o momento”, explica o médico.

Segundo ele, após uma primeira infecção pelo Coronavírus, há uma presença do antígeno no organismo que pode perdurar por mais algum tempo. “Dessa forma, se nesse período nosso organismo tiver uma diminuição de sua defesa, ligada a uma sintomatologia sugestiva mas por outro foco infeccioso, o exame de PCR-RT pode sim detectar um resultado positivo, mas seria um falso-positivo”, detalha.

Aredes ressalta que, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em parceria com órgãos científicos, 45% dos casos de Covid-19 no Paraná ocorrem devido à nova variante brasileira. “As variantes têm um alto potencial de contaminação. Todo vírus tem um poder de mutação bastante grande, e a cada mutação, ele encontra uma maneira de ‘driblar’ as defesas do organismo. Isso dá algumas vantagens ao vírus, como serem mais infecciosos, se ligarem mais fortemente às células e se tornarem mais transmissíveis”, complementa.

“Se temos um vírus mais ‘inteligente’ circulando, o mínimo que se espera da população é bom senso. Já não há mais vagas para suportar a demanda de pessoas doentes graves por Covid-19. E sabemos que muitos casos são evitáveis, com medidas simples a serem seguidas. Passeios, festas clandestinas e ‘rolezinhos’ não podem estar ocorrendo nesse momento de tamanha tristeza. A importância dos cuidados básicos ainda são primordiais, até porque são as únicas formas de nos mantermos longe da contaminação”, afirma Jhonatan.

Medidas preventivas

Sobre as medidas preventivas, como barreiras restritivas e decretos restritivos adotados em Paranaguá, o profissional da saúde esclarece que, apesar do momento crítico que vivemos, elas foram e são importantes. “Principalmente nas cidades do litoral, uma vez que são destinos procurados de pessoas que querem ‘fugir’ do vírus, mas esquecem que o alto fluxo em cidades pequenas só causam tumultos, aglomerações  e põe em risco moradores de localidades que têm menos estrutura do que a capital. Temos que nos lembrar que é temporário. E se não colaborarmos, tudo terá sido em vão”, complementa.

“A ansiedade, o medo, a preocupação excessiva ainda nos acompanhará por algum tempo, até tudo isso fazer parte dos livros de história. Neste momento, nossas armas ainda são o distanciamento social, utilização de álcool em gel ou lavagem frequente das mãos e a utilização da máscara. Evitem aglomerações. Não vamos expor as pessoas que amamos”, finaliza Aredes.

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