Relaxamento da prevenção ocasionou crescimento dos casos
Em uma semana, o litoral paranaense foi de 9.045 casos de Covid-19 para 9.553 pessoas infectadas pela doença, o que totaliza um crescimento de 508 casos do novo Coronavírus em uma semana entre os dias 19 a 26 de novembro. Além disso, mais cinco vidas foram perdidas para a Covid-19 em uma semana nos municípios de Antonina (1), Morretes (1) e Paranaguá (3). As informações constam nos informes epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
O litoral paranaense foi de 9.045 para 9.553 casos de Covid-19 em sete dias. Entre os municípios, o que teve maior crescimento de casos foi Pontal do Paraná com 169 novos casos, seguido de Paranaguá (92), Morretes (84), Antonina (62), Guaraqueçaba (58), Guaratuba (32) e Matinhos (11). Se for levado em conta o crescimento percentual, Guaraqueçaba foi o com maior disparada da pandemia: 92% de aumento de casos.
Segundo o boletim da Sesa, o litoral é a segunda região do Paraná com mais incidência e coeficiente de mortalidade por Covid-19. Ou seja, a região é classificada como em estado de atenção com relação à pandemia.
Médico explica motivos
O crescimento da pandemia nas duas últimas semanas, de acordo com médico Jonathan Aredes, é algo preocupante e, na maioria das vezes, está relacionado ao descaso dos próprios cidadãos. “A população, ou por já estar cansada do isolamento, ou por descuido apenas, acaba deixando de lado os hábitos de prevenção e o distanciamento, facilitando o contágio”, explica.
“É de suma importância a manutenção dos hábitos de prevenção e distanciamento social ainda neste período porque a pandemia nunca foi embora. Tivemos uma breve trégua se compararmos em números absolutos na nossa região ou mesmo no Brasil, mas o fato é que nem nós nem o mundo estamos livres dos males que ela ainda vem causando para diversas famílias. Todos os cuidados ainda são necessários”, salienta.
Um ponto para o aumento de casos é a ausência do uso de máscaras pela população, algo obrigatório por lei, bem como as aglomerações. “Sabe-se que nem todos apresentaremos os mesmos sintomas, mas algumas pessoas têm muito mais chances de agravamento da saúde pelas condições que elas já possuem. Então não é justo com estas pessoas que correm mais riscos que descuidemos de nossa saúde, frequentemos locais com aglomerações ou deixemos de ter hábitos de prevenção básicos e os coloquemos em risco. Podemos dizer que este afrouxamento de cuidados está relacionado com o aumento dos casos notificados”, explica.
Praia, feriados e fim de ano
Os feriados e proximidade do verão geram um alerta com relação a possíveis aglomerações no litoral paranaense, principalmente nos municípios com praias. Entretanto, é necessário tomar todas as medidas preventivas, mesmo indo à orla ou outros locais. “A pandemia nunca terminou. Praias lotadas, bares, restaurantes, onde nem todos seguem à risca as orientações quando estão em grupo. O brasileiro por si só é acalorado, precisa do toque para se comunicar. O isolamento e distanciamento social servem para tentar inibir esse contato mais próximo. Mas se não houver a consciência de que aglomerar é perigoso, outras medidas não serão eficazes”, finaliza.
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