Lavar as mãos e usar máscaras são pilares da prevenção
O aumento de casos do novo Coronavírus no Paraná e no litoral nos últimos dias fez com que a população questionasse quais os motivos deste impulsionamento da doença na região. Raphael Rolim de Moura, Biólogo, professor do Instituto Superior do Litoral (Isulpar) e diretor-geral da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, explica que uma das razões pode ter sido o fato de os cidadãos desrespeitarem medidas de distanciamento social, de higienização e uso de máscaras, principais formas de prevenção à Covid-19.
Segundo Raphael de Moura, a circulação desnecessária de cidadãos em locais com alta movimentação de pessoas, bem como a ausência de uso de máscaras e de medidas de higienização e distanciamento, impulsionam o risco de contrair o Coronavírus. “As principais medidas não farmacológicas como lavagem das mãos, utilização de máscaras e o distanciamento social são fundamentais para evitamos a contaminação pelo vírus SarsCov2. A máscara, por exemplo, diminui consideravelmente a transmissão entre as pessoas sendo utilizada como uma barreira física ao vírus”, explica.
Vírus e durabilidade
O biólogo afirma que diversos estudos científicos estão sendo desenvolvidos para saber exatamente o tempo da ação do vírus da Covid-19 em superfícies. “Utilizamos outros Coronavírus como base, os quais têm de 2 até 72 horas de persistência. A transmissão acaba sendo rápida pela falta de etiqueta respiratória incluindo a lavagem frequente das mãos”, salienta.
“A medida mais importante é a lavagem das mãos. As mãos são os meios mais comuns de entrada do SarsCov2 pelas nossas mucosas. Se houver dificuldade de acesso ao álcool gel, água e sabão são suficientes. Além de lavar as mãos, não podemos deixar de usar as máscaras”, afirma Raphael.
Segundo o biólogo, o desrespeito a medidas de distanciamento social e higienização foram os principais motivos do aumento de casos de Covid-19 no litoral e em todo o Paraná. “Precisamos entender que não existem leitos de UTI para todos os pacientes graves, caso não tomemos os devidos cuidados. A preocupação agora não é apenas com a nossa família, mas com todos os moradores em nossa cidade”, finaliza Moura.