Conheça a última versão da Base Curricular

Documento orienta o conjunto de aprendizagens essenciais

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A terceira e última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) já foi divulgada pelo Ministério da Educação. Este documento tem como objetivo estabelecer o conjunto de aprendizagens essenciais que deve ser aplicado nas escolas de todo o País. Inclusive o que os alunos devem aprender a cada ano de escolarização.

As alterações com maior destaque na versão final da proposta são relacionadas ao processo de alfabetização, que atualmente é feito até o 3.º ano do Ensino Fundamental, e a proposta indica antecipação para o 2.º ano do Ensino Fundamental, quando as crianças geralmente têm sete anos.

A BNCC trata da educação infantil (creche e pré-escola) e do ensino fundamental (1.º ao 9.º ano). Segundo o Ministério da Educação, a Base referente ao Ensino Médio será entregue até o final de 2017, já adaptada às diretrizes da reforma.

DEMAIS ALTERAÇÕES

Além da antecipação da idade de alfabetização, o texto ainda inclui outras mudanças. Entre elas, os alunos terão que exercitar a empatia, o diálogo, a cooperação, o respeito, acolher e valorizar a diversidade. Os estudantes terão também dez competências gerais que deverão ser desenvolvidas em todas as disciplinas ao longo da vida escolar como promover o autoconhecimento, apreciar-se e cuidar da sua saúde física e mental, reconhecendo suas emoções e as dos outros.

A nova versão exclui o ensino religioso e deixa a cargo dos Estados e municípios a competência de fazerem a sua regulamentação. O conteúdo de história passa a ser organizado segundo a cronologia dos fatos, e o inglês passa a ser o idioma obrigatório. As escolas não trabalharão o conceito de gênero. De acordo com o Ministério da Educação, o texto defende a pluralidade inclusive do ponto de vista do gênero, de raça, de sexo.

PRAZOS

A previsão é que a avaliação do documento seja concluída até o segundo semestre deste ano. Assim que aprovada, a BNCC será homologada pelo Ministério da Educação e todas as escolas terão suas diretrizes gerais a seguir. Para a implementação dos currículos, as escolas terão o prazo de dois anos, sendo que Estados, municípios e o Distrito Federal terão autonomia para acrescentar novos conteúdos.

OPINIÃO

A professora Ellen Joana Nunes Santos Cunha, baseada na sua própria experiência, contou que foi alfabetizada em casa por sua mãe aos cinco anos. “Comecei a frequentar a escola e foi muito fácil concluir o processo de alfabetização, isso ocorreu na década de 80 aqui em Paranaguá, então quanto mais promovermos a alfabetização cedo o resultado com toda certeza será muito satisfatório”, observou.

Segundo ela, as mudanças da Base Nacional Comum Curricular são bem-vindas porque promovem a emancipação dos alunos, mas é preciso que haja um suporte às escolas. “Para fazer educação existe algo que antecede os resultados dos alunos, que é o meio onde ela ocorre, e é isso que nossos líderes sequer querem observar. Precisamos de infraestrutura adequada, formação sólida e permanente aos educadores e remunerações adequadas, conforme previsto em lei, pois não queremos nada a mais do que a lei nos permite”, analisou Ellen.

Outra questão importante para a professora é pensar também no envolvimento das famílias e nas condições dos professores em sala de aula. “Sem a família e sem as condições de infraestrutura e de pessoal, infelizmente não chegaremos a lugar nenhum. Quem escreve e decide o que será da nossa educação, com certeza não sabe o que é uma sala de aula com 45 ou mais alunos, com os mais diferentes níveis de entendimento e um professor sozinho promover o processo ensino-aprendizagem, muitas vezes com apenas um giz e um quadro negro”, ressaltou Ellen.

 

 

Foto: Portal Brasil

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