Serviços de terapia para Autismo e Plano de Redução da Mortalidade Infantil foram apresentados em Paranaguá

Na tarde de quarta-feira, 27, ocorreu a apresentação do Plano de Redução da Mortalidade Infantil nos municípios do litoral do Paraná. O encontro aconteceu na Sala de Reuniões da Prefeitura de Paranaguá e contou com a presença dos prefeitos de Antonina, Zé Paulo, de Morretes, Júnior Brindarolli, e de Paranaguá, Marcelo Roque, além da diretora em Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, Maria Goretti David Lopes, e da diretora da 1.ª Regional de Saúde de Paranaguá, Carmen Cristina Moura dos Santos, secretários municipais, vereadores, equipe do SAMU Litoral, dentre outros representantes dos órgãos das esferas municipais e estaduais.

Durante a reunião, entre Associação dos Municípios do Litoral do Paraná (Amlipa) e o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (Cislipa), foi realizada a assinatura de um documento para reforçar esse pacto com os municípios litorâneos para que juntos possam trabalhar a redução da mortalidade infantil.

PLANO DE REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL

A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Maria Goretti David Lopes, destacou que o trabalho será desenvolvido em todos os municípios que compõem da 1.ª Regional de Saúde e explicou o objetivo da reunião. “Foi discutido um tema extremamente importante para a saúde pública do Paraná, que é a redução da mortalidade materna e infantil nos sete municípios da 1.ª Regional de Saúde. Você vê todos os prefeitos engajados nessa batalha tão importante. Nós, agora, queremos aperfeiçoar, melhorar e avançar. É uma linha de cuidado de atenção às mulheres e às crianças. Uma linha de cuidado materno e infantil. O primeiro atendimento sempre acontece na unidade básica de saúde, por isso a importância do apoio dos prefeitos e dos gestores municipais da área de saúde, organizar toda a atenção primária. Depois a atenção ambulatorial, por último, a atenção hospitalar. É justamente essa ligação entre esses pontos de atenção que forma a rede de atenção à saúde e que nós queremos apoiar para que funcione da maneira mais adequada possível aqui na região”, explicou.

A diretora da 1.ª Regional de Saúde, Carmen Cristina Moura dos Santos, reforçou o trabalho junto as prefeituras e secretarias municipais e disse que a meta é baixar a taxa de mortalidade infantil, que hoje está em 14,8%. “A gente tem uma preocupação muito grande, o que nos motivou a discutir com todos os municípios, com a recomendação do nosso secretário Beto Preto, é que nós tivéssemos todos os esforços para apoiar os municípios para que a gente possa atingir a meta do estado que é abaixo de 10%. Hoje esse número que nós estamos falando é com relação à mortalidade infantil e várias ações são necessárias para que a gente possa reduzir isso, são mortes que nós podemos evitar tendo uma boa estruturação da rede, capacitação dos profissionais e o governo do estado vem investindo para isso”, contou.

O prefeito de Paranaguá e presidente da Amlipa, Marcelo Roque, reforçou esse comprometimento com as ações da área da saúde. “Este plano destaca o compromisso das autoridades e entidades de saúde em enfrentar os desafios relacionados à saúde materno-infantil na região. As ações estratégicas incluem a criação de protocolos de atendimento, oferta de exames preventivos, capacitação de profissionais de saúde e melhoria da infraestrutura hospitalar, visando reduzir os índices de mortalidade infantil e garantir um atendimento de qualidade a gestantes, puérperas e crianças na região litorânea do estado”, frisou.

O prefeito de Morretes, Junior Brindarolli, firmou apoio do município em relação ao plano. “É uma questão de cuidado com a mãe e com o bebê. É uma rede que atende a necessidade de todo o litoral. Mais uma vez essa parceria entre os municípios do litoral e o governo do estado vem dando certo. Trazendo uma atenção maior às mães, às crianças, tão importantes para a nossa vida, aqui no litoral, e trazendo mais essa possibilidade de atendimento aqui para toda a rede dos sete municípios”, disse.

O prefeito de Antonina e presidente do Cislipa, Zé Paulo, disse que o consórcio vai agir como um intermediário entre as prefeituras. “Certamente são oportunidades para os municípios do litoral acatarem essas questões que são desafiadoras. Tanto a questão do tratamento, da questão materno infantil, como também esses transtornos que atingem a nossa comunidade. Então, o consórcio vai agir como um intermediário entre as prefeituras, a secretaria de estado, na questão materno infantil e a Fasp no caso da questão do autismo”.

A secretária municipal de Saúde de Paranaguá, Ligia Regina de Campos Cordeiro, destacou esse trabalho que vem sendo feito para reduzir a mortalidade infantil. “O Estado já fez uma pactuação a nível de Estado mesmo, para a gente reduzir a quantidade de óbitos materno infantil. E aqui, o litoral fez uma pactuação regional. Muito feliz porque houve a adesão de todos os prefeitos, de todos os secretários. Eles entenderam quais são as demandas, o que nós temos que nos comprometer. Assinaram prontamente. Foi uma reunião muito resolutiva, muito eficiente para as nossas mães e para todas as nossas crianças. A meta é chegar em zero. O ideal seria zero. Mas, infelizmente, a gente sabe que os efeitos adversos a gente não consegue enxergar a zero”.

TERAPIA PARA CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS COM TEA

Os serviços de Terapia para Crianças, Adolescentes e Adultos com Transtorno de Espectro Autista (TEA) foram apresentados pela secretária municipal de Inclusão de Paranaguá, Camila Leite. Segundo a pasta responsável, esses serviços representam um avanço significativo na oferta de atendimento especializado para indivíduos com esse transtorno, abrangendo desde a infância até a idade adulta. O objetivo é proporcionar suporte terapêutico multidisciplinar, incluindo intervenções comportamentais, terapia ocupacional, fonoaudiologia e acompanhamento psicológico, para melhorar a qualidade de vida e a inclusão social desses indivíduos.

“Para nós é um prazer muito grande estar aqui hoje, divulgando o nosso trabalho, mostrando que realmente Paranaguá é referência para outros municípios. Hoje teve alguns prefeitos do litoral, acompanhando e nós apresentando esse trabalho para eles, onde deu muito certo aqui em Paranaguá. Hoje a gente atende quase 990 crianças por semana no Centro de Autismo, na Secretaria de Inclusão. Então, para nós é muito prazeroso estar aqui divulgando e mostrando que realmente Paranaguá é uma cidade inclusiva. Para acontecer essa parceria com os municípios, a gente faz um convênio, juntamente com a Fasp, um consórcio onde a gente vai ajudar a contratar esses terapeutas e conseguir fazer um agendamento on-line, por sistema, para ter essa garantia da terapia”, relatou a secretária municipal de Inclusão de Paranaguá, Camila Leite.

O prefeito de Morretes, Junior Brindarolli, comenta que é um assunto importante a ser levantado pelos municípios. “É um tema muito importante. Cidades do litoral sempre acompanham Paranaguá, por ser uma cidade maior. Cidades pequenas têm dificuldades de orçamento. A gente vê que, como união de todos, essa inclusão social é possível dar um atendimento digno às nossas crianças que precisam”, comentou.

A vice-prefeita de Antonina, Rozane Maristela Benedetti Osaki, reforçou apoio neste projeto de expansão dos serviços da área da inclusão. “Estamos aqui muito felizes com essa parceria para que possamos melhorar ainda mais o atendimento às nossas crianças no nosso município, através da Secretaria de Educação, Secretaria de Saúde, Secretaria Social, juntamente com a Fasp. Estamos muito contentes, podendo fazer uma parceria com Paranaguá, hoje que tem uma grande estrutura quando a gente fala de inclusão, antes tínhamos que buscar esse atendimento na capital, hoje ele já está mais próximo de todas as cidades do litoral”.

O prefeito Marcelo Roque parabeniza essas iniciativas voltadas para a área de saúde. “Essas iniciativas refletem o empenho e a preocupação das instituições de saúde em oferecer serviços de excelência e promover o bem-estar da população, especialmente das crianças, adolescentes e adultos com TEA, bem como das gestantes e recém-nascidos na região do litoral paranaense. Continuaremos trabalhando para melhorar a saúde e o bem-estar de todos”, disse.

O diretor-geral da Fasp, Jonathan Rozemback, celebra a parceria. “Hoje é um dia muito feliz. Porque é o início de uma grande parceria. Nós apresentamos para todos os municípios do litoral aquilo que já está acontecendo em Paranaguá e com muita eficiência. Então, através da Fasp, hoje nós estamos disponibilizando o início desse projeto. Foi muito produtivo a nossa reunião. Eu tenho certeza que pela Fasp e pela Semi, Paranaguá é pioneira nesse atendimento especializado. Agora, nós iniciamos o ‘start’ de um novo tempo, um novo projeto. Então, não apenas Paranaguá, mas servindo aí como exemplo para todo o litoral”.