A 1.ª Regional de Saúde está organizando ações para o combate à dengue. Desde a semana passada, uma equipe tem visitado as residências e ruas de Paranaguá para remover criadouros do mosquito Aedes Aegypti. A situação que mais preocupa atualmente as autoridades de saúde é a questão do aumento do número de ovos encontrados em um mesmo criadouro.
Até a tarde de ontem, dia 16, a Regional de Saúde contabilizou 31 novos casos de dengue no litoral desde agosto deste ano. Além disso, outros 270 casos suspeitos aguardam resultado.
A diretora da 1.ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, afirmou que ao redor da área portuária foram identificados cerca de 580 ovos do mosquito em apenas uma palheta. “Isso é muito preocupante. A Prefeitura de Paranaguá, junto com a Secretaria de Estado da Saúde, está muito preocupada e todos precisam estar envolvidos. Inclusive a comunidade, porque se cada um fizer a sua parte, vamos conseguir controlar e ter uma situação mais amena”, observou.
Isso quer dizer que o município, de qualquer maneira, enfrentará uma situação problemática novamente com relação à doença. “Vamos enfrentar uma nova situação, só não sabemos ainda a proporção. Hoje, o nosso principal instrumento é a eliminação de criadouros para o combate à dengue”, disse Ilda.
PRÓXIMAS AÇÕES
No decorrer desta semana, agentes de endemias e agentes comunitários de saúde passam por uma reciclagem, a fim de aprimorar os conhecimentos para passar à população. A partir de segunda-feira, 21, haverá o retorno do trabalho de aplicação de bombas costais nas residências. “A nossa equipe irá fazer o bloqueio com a costal. A força-tarefa será composta por orientações educativas à comunidade, remoção de criadouros e bloqueio costal. Isso evitará a expansão do mosquito. A população nesta etapa também tem papel fundamental para o combate à doença”, ressaltou Ilda.
Os criadouros são pequenos objetos como tampinhas de garrafa que hoje são uma ameaça para saúde pública. Vale lembrar que nesta etapa das ações, a população não deve retirar os entulhos de seus quintais. A aplicação de bomba costal e retirada dos criadouros será feita pela equipe de saúde. Além disso, uma grande mobilização será realizada no dia 25 de novembro em todo o País.
A diretora da Regional de Saúde ainda frisou a adaptação do mosquito em Paranaguá. “Aqui ele encontra o criadouro, a umidade e o calor. Acredito que uma parte da população entendeu, tanto que durante as visitas nas casas vemos muitas bem cuidadas, o que não se via antes. Mas o problema maior está no descarte nas ruas”, finalizou Ilda.