O prefeito Marcelo Roque esteve na manhã de terça-feira, 11, acompanhando na 1.ª Regional de Saúde de Paranaguá a chegada dos veículos que farão a aplicação do “fumacê” no município.
São sete veículos fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde, mais bombas costais, que iniciarão simultaneamente os trabalhos em vários bairros de Paranaguá, nos horários das 5h às 9h e das 16h às 20h.
As ações iniciaram na tarde de terça-feira, 11, na Ilha dos Valadares, onde já foi realizado um mutirão de limpeza pela Prefeitura de Paranaguá.
O prefeito Marcelo Roque falou sobre o início dos trabalhos voltados a combater a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue. “Quero agradecer à 1.ª Regional de Saúde, que trouxe para Paranaguá os veículos do ‘fumacê’. Estamos vivendo um momento difícil, não só em relação à Covid-19, mas também com a Dengue, que teve um aumento no número de casos. O Poder Público está fazendo a sua parte no que se refere à remoção, orientação e limpeza da cidade, mas é precisamos ter a contrapartida da população, que precisa nos ajudar neste momento difícil. No dia de hoje, vamos começar na Ilha dos Valadares, que foi o primeiro bairro em que fizemos a remoção de lixos para darmos esse pontapé inicial, o que vai nos ajudar nesse momento difícil”, disse Marcelo Roque, enfatizando que a equipe do “fumacê” já conhece a cidade e sabe os trajetos a serem executados. “Pedimos a compreensão da população em recolher seus pertences dentro de seu quintal, retirar a água dos animais, e fazer tudo aquilo previsto quando passa o ‘fumacê’. Aproveito para ressaltar que essa ação ajuda muito, mas a solução é manter a cidade limpa e cada um fazendo a sua parte”, completa.
O coordenador do Núcleo de Vigilância Entomológica do Estado do Paraná, Rubens Massafera, enfatiza que este é o momento em que a população precisa se conscientizar. “Nós a nível de Estado estamos vindo com o trabalho de ‘fumacê’, mas a ação mata menos que a retirada de criadouros, por isso a população hoje precisa se conscientizar e trabalhar em conjunto com o ‘fumacê’. É a solução do problema? Vamos dizer que no momento sim, porque vamos quebrar a circulação viral do município. Este é o momento oportuno de se pedir à população que nos ajude, pois a retirada do criadouro vai dar um resultado final para esse trabalho. Passar o ‘fumacê’ aleatoriamente, sem a conscientização população, é como se jogar o inseticida fora, então a gente tem cinco ciclos para passar dentro do município. Ao término, a UBV vai embora, e a população ainda fica à mercê dos casos de dengue. A conscientização da população hoje é uma das principais características para baixar o índice de infestação e, com isso, reduzir o índice da doença. Então, juntos podemos baixar o índice deste vetor, e falamos sempre que Paranaguá é um município diferenciado, onde temos linhagens diferentes de mosquitos. Então peço à população que esteja trabalhando junto com o ‘fumacê’, pois é assim que teremos um resultado final satisfatório”, destaca o coordenador.
Ângela Marques de Almeida, coordenadora de Endemias, fala sobre a ação a ser realizada, ressaltando os cuidados necessários durante a passagem dos veículos de combate ao Aedes aegypti. “Uma força-tarefa está ocorrendo na cidade com remoção de criadouros e o ‘fumacê’ será aplicado para reforçar a ação. O produto mata apenas os mosquitos na fase alada e não diminui a importância de eliminar as larvas e ovos do Aedes aegypti, por isso é relevante que as pessoas continuem retirando recipientes com água parada, verificando suas casas, comércios e quintais para não permitir que novos mosquitos se proliferem”, salienta Ângela.
Ele também destaca que o inseticida não causa perigo à população, mas pede para que as pessoas não fiquem expostas ao produto, bem como no horário de passagem do ‘fumacê’ sejam retirados os bebedouros dos animais e as casas sejam abertas para que o inseticida possa agir dentro das residências.
O diretor da 1.ª Regional de Saúde de Paranaguá, José Carlos de Abreu, enfatiza a importância da participação da população durante esse trabalho. “Inicialmente quero dizer que esta ação só se tornou possível porque o prefeito Marcelo Roque e a equipe da Vigilância Epidemiológica cumpriram todos os requisitos necessários para que a gente pudesse nessa etapa entrar com o ‘fumacê’. Os técnicos já falaram para todos nós e para a população, em especial, que a ação do ‘fumacê’ sem a participação efetiva do cidadão e do município, removendo o resíduo sólido, o lixo e acabando com os criadouros, ela é ineficaz. Essa vinda aqui vai coroar um brilhante trabalho que já vinha sendo feito pela Prefeitura de Paranaguá e tem que ser permanente. Temos que repetir estas ações, os veículos ficarão por vários dias e a população tem que estar orientada que estamos utilizando um inseticida, que pode ter alguns efeitos indesejados sobre pequenos animais”, disse Abreu, enfatizando que somente com a união de todos será possível vencer esta batalha contra o mosquito. “A solução está em que o cidadão se conscientize e que em conjunto conosco trabalhe na remoção dos criadouros para que a gente possa baixar rapidamente os índices dessa doença que nos ameaça muito aqui no litoral do Paraná”, enfatiza Abreu.
Cuidados
Enquanto estiver em Paranaguá, o “fumacê” passará sempre no período das 5h às 9h e das 16h às 20h. Nestes horários alguns cuidados são importantes. Confira as dicas:
– Recolher os animais de estimação;
– Recolher a ração e água dos animais;
– As janelas devem ser mantidas abertas. Assim, o inseticida chegará até o interior da residência onde normalmente o Aedes aegypti se abriga;
– Recolher as roupas do varal;
– Manter-se longe do veículo enquanto o serviço é realizado.
Com informações da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Paranaguá
Fotos: Marcelo Roque/Facebook