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Ciência e Saúde

Paranaguá confirma primeiro óbito por Dengue em 2023

Em uma semana, litoral registra 57 novos casos da doença

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Foto: Divulgação/Pixabay

Na terça-feira, 21, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o Informe Epidemiológico n.º 30/2022-2023 sobre a situação da dengue em todo o Paraná. Segundo os dados técnicos, neste boletim o litoral paranaense contabilizou 57 novos casos de Dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. A região litorânea registra 159 pessoas infectadas desde o começo de agosto de 2022.

Os dados são do 30.º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 31 de julho de 2022 e deve seguir até agosto de 2023.

Neste ciclo foram confirmados 8.723 casos e oito mortes por Dengue no Paraná.

LITORAL

No informe divulgado pela Sesa, o litoral contabiliza 159 casos da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, desde 31 de julho de 2022, sendo Paranaguá (98); Matinhos (33); Pontal do Paraná (11); Guaratuba (10); Antonina (5) e Guaraqueçaba (2). Óbitos não foram registrados nas cidades litorâneas.

O litoral do Paraná tem 236 casos em investigação da doença, sendo Paranaguá (175); Pontal do Paraná (21); Guaratuba (18); Antonina (11); Guaraqueçaba (5); Morretes (3) e Matinhos (3).

PARANAGUÁ

A Secretaria Municipal de Saúde informou o registro do primeiro óbito em decorrência de dengue em Paranaguá. Conforme a Secretaria de Estado da Saúde, em Paranaguá nos últimos sete meses foram confirmados 98 casos da doença.

O resultado do exame realizado pelo Laboratório Central do Estado foi divulgado na sexta-feira, 17. A paciente de 42 anos, já fazia tratamento de uma doença pré-existente quando contraiu a dengue. O óbito foi registrado no 12 de março.

Um número significativo de casos de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, tem sido registrado em todo o Paraná e em outros Estados brasileiros. “Apesar do trabalho constante das equipes de Agentes de Endemias nas residências com conscientização, eliminação de criadouros e realizando bloqueios com a bomba costal, a população tem um papel muito importante para evitarmos a proliferação do inseto. Descartar o lixo corretamente, não jogar entulhos nas ruas e terrenos baldios, evitar acúmulo de água nos quintais e dentro das casas, são formas eficazes de combater o mosquito e consequentemente, a doença”, ressalta a superintendente de Vigilância em Saúde, Marianne Gomes.

Quando um caso é detectado, as equipes realizam o bloqueio com a bomba costal e eliminação de criadouros para evitar que os mosquitos contaminados se proliferem. A bomba costal utiliza o mesmo produto do conhecido “fumacê” e é uma ferramenta aliada no combate atuando diretamente nos focos de mosquito.

“Precisamos reforçar que esses produtos matam os mosquitos alados (adultos) e não combatem as larvas e ovos, por isso a melhor arma contra a dengue é eliminar água parada, principal criadouro para o Aedes aegypti”, frisa Marianne Gomes.

CHIKUNGUNYA

O Informe Epidemiológico n.º 30/2022-2023 da Secretaria de Estado da Saúde indica que no litoral não há confirmações de febre Chikungunya e de Zika Vírus. Embora existam três casos suspeitos de Chikungunya na região, sendo Paranaguá (2) e Guaratuba (1).

PARANÁ

O informe semanal da dengue publicado nesta terça-feira (21) pela secretaria estadual da Saúde aponta 1.872 casos a mais do que na semana anterior e dois novos óbitos provocados pela doença. O período epidemiológico, que iniciou em agosto do ano passado, soma agora 8.723 casos e oito óbitos confirmados no Estado. Os dois óbitos divulgados nesta semana são de mulheres de 42 anos com comorbidades, residentes dos municípios de Paranaguá e Foz do Iguaçu.

Dos 399 municípios paranaenses, 268 registram casos confirmados de dengue e 374 apresentam notificações. Os sintomas de dengue são: febre alta acompanhada de um ou mais sintomas, como dor no fundo do olho, dor de cabeça, vômitos, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo, dor muscular.

Com relação a chikungunha, são cinco novos casos, sendo dois em Foz do Iguaçu e Medianeira e um no município de Cruzeiro do Oeste. O Paraná soma agora 43 confirmações: Curitiba (5), São José dos Pinhais (1), Pato Branco (3), Foz do Iguaçu (15), Matelândia (2), Medianeira (2), São Miguel do Iguaçu (4), Céu Azul (1), Cruzeiro do Oeste (1), Umuarama (1), Paranavaí (1), Santo Antônio do Caiuá (1), Ibiporã (1), Jacarezinho (1), Guaíra (1), Marechal Candido Rondon (1), Mercedes (1) e Mariluz (1). Não há casos de óbitos pela doença neste período epidemiológico.

“O Paraná está atento e realizando diversas ações para combater a proliferação do mosquito transmissor dessas doenças. Mas a melhor forma de prevenção ainda é a remoção dos criadouros e recipientes que acumulam água parada; por isso, é fundamental que a população esteja vigilante e atue na eliminação desses pontos”, alertou o secretário estadual da Saúde, César Neves.

LACEN

O Laboratório Central do Estado (Lacen), por meio das 60 Unidades Sentinelas da Dengue distribuídas pelo Paraná, realiza a vigilância laboratorial das Arboviroses. Além da tipificação viral da dengue são pesquisados os vírus Chikungunya, Zika e Febre Amarela.

A partir deste ano, foi incorporado ao painel viral de arbovírus a pesquisa dos vírus Oropouche e Mayaro, ambos sem registro de circulação prévia no Estado. Nesta segunda-feira (20), o Lacen liberou o laudo do primeiro caso detectado para Mayaro no município de Quedas do Iguaçu, na 10ª Regional de Saúde de Cascavel. O caso, que está sendo acompanhado pelo município, foi importado do Pará, local que possui histórico de circulação viral.

“O Mayaro pertence à mesma família do vírus chikungunya e suas manifestações clínicas são muito parecidas, embora as produzidas pelo chikungunya sejam bem mais intensas. A transmissão desse vírus, envolve mosquitos silvestres, principalmente os do gênero Haemagogus”, explica Ivana Belmonte, coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa.

O Lacen detectou ainda o primeiro caso de DENV 3 em Curitiba. O caso é importado do Suriname, país localizado na América do Sul, e está sendo acompanhado pelo município. O DENV 3 é um dos quatro sorotipos da dengue e a última ocorrência da circulação deste sorotipo no Paraná foi em 2016, com o registro de 33 casos detectados.

Com informações da Sesa e Prefeitura de Paranaguá

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