Ciência e Saúde

Paraná aplicou 65,5% das doses recebidas contra a dengue

Municípios no litoral do Paraná mantém aplicação para faixa etária dos 10 aos 14 anos

Frascos de vacina e solvente para Qdenga, incluindo NaCl e a vacina tetravalente contra a dengue, para uso médico. Paraná aplicou 65,5% das doses recebidas contra a dengue

O menor índice de vacina contra a dengue aplicada no litoral do Paraná é em Guaraqueçaba, com 37,1% de aplicação (Foto: Gabriel Rosa/AEN)

Até o dia 9 de fevereiro deste ano, o Paraná aplicou 65,5% do total de vacinas contra a dengue recebidas. A dose contra a doença é aplicada para o público de 10 a 14 anos, incorporada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com dados da 1.ª Regional de Saúde, das 3.552 doses recebidas em Paranaguá, 2.551 foram aplicadas (71,8%), a maior porcentagem entre os municípios do litoral do Paraná.

O menor índice de vacina contra a dengue aplicada é em Guaraqueçaba, com 37,1% de aplicação, seguido de Antonina (41,6%), Pontal do Paraná (50,5%), Guaratuba (51,8%), Matinhos (53,5%) e Morretes (62,5%). Sendo assim, a 1.ª Regional de Saúde afirma que não há previsão para ampliação da faixa etária nos municípios do litoral.

A vacinação no País teve início em fevereiro de 2024 em 315 municípios e, desde então, vem sendo ampliada, chegando a 1.921 municípios.

Nota técnica

Em 2024, o Ministério da Saúde enviou 6,5 milhões de doses aos Estados e municípios, mas apenas 3,3 milhões foram aplicadas. A situação é ainda mais preocupante entre os adolescentes: aproximadamente 1,3 milhão de jovens que iniciaram o esquema vacinal não retornaram para a segunda dose, comprometendo a eficácia da imunização.

Com a baixa procura pelo imunizante, o Ministério da Saúde resolveu adotar uma nova estratégia e publicou, na sexta-feira, 14, uma nota técnica para todos os Estados e o Distrito Federal. A recomendação é para ampliar o público-alvo para a vacina da dengue. Além do remanejamento para novos municípios, em caráter temporário, para doses que estão próximas da data de validade.

A iniciativa visa garantir que todos os imunizantes adquiridos cheguem à população, ampliando a proteção contra a doença. As doses com um prazo de dois meses de validade poderão ser remanejadas para municípios ainda não contemplados pela vacinação contra dengue ou ser aplicadas em faixa etária ampliada, contemplando pessoas de 6 a 16 anos de idade.

Imagem que exibe frascos de vacinas organizados em uma embalagem, destacando a importância da imunização e da saúde pública. Frascos coloridos em destaque. Paraná aplicou 65,5% das doses recebidas contra a dengue
Foto: Gabriel Rosa/AEN

Para as vacinas que completarem um mês de validade, a estratégia poderá ser expandida até o limite etário especificado na bula da vacina, abrangendo a faixa etária de 4 a 59 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A expansão do público-alvo deve considerar a disponibilidade de doses e a situação epidemiológica de cada Estado e município. 

“Para enfrentar esse cenário, a pasta recomenda que Estados e municípios intensifiquem as estratégias de busca ativa, identificando e mobilizando aqueles que ainda não completaram o esquema vacinal”, disse o Ministério da Saúde.

Prevenção

Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika).

Com informações do Ministério da Saúde

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.