Algo que vem sendo cada vez mais comum entre os praticantes de academia de musculação e de atividades aeróbicas, como danças e exercícios físicos é o uso dos termogênicos, que têm como finalidade elevar o metabolismo corporal para que a queima de gordura seja facilitada no organismo. No entanto, o uso dessas substâncias pode potencializar o surgimento de um aneurisma cerebral, o qual é provocado pelo rompimento de artérias que sofrem com a pressão dos vasos sanguíneos estimulados pelo medicamento.
Por isso, no Brasil, o uso de termogênicos para fins de emagrecimento é proibido, uma vez que neles há a substância efedrina, a qual é ilícita, mas é facilmente encontrada no mercado informal, principalmente pela Internet, em sites especializados em produtos para academias.
Para o médico João Felipe Zattar Aurichio, o problema em relação ao uso dos termogênicos está na ausência de conscientização das pessoas a respeitos dos perigos para a saúde quando o assunto é a ingestão de medicamentos sem que exista uma consulta médica. “No caso dos termogênicos é sabido que eles são corriqueiramente utilizados por pessoas frequentadoras de academias, por isso, penso que a informação a respeitos dos riscos à saúde, quando alguém está predisposto a fazer o uso, deva ocorrer dentro destes ambientes. Ou seja, deve ser dentro da própria academia o local para a pessoa ser desestimulada a usar os termogênicos ou qualquer outra substância em que não haja uma indicação médica”, declara.
Dr João Felipe lembra que vida saudável não deve ter relação com obsessão na questão física
João Felipe lembrou, ainda, que se faz importante as pessoas buscarem informações a respeito da própria saúde como, por exemplo, a situação cardiovascular e cardiorrespiratória, uma vez que ambas podem sofrer com excessos de exercícios ou com a realidade atual do uso de substâncias para fins estéticos. “Não é tão incomum sabermos de pessoas que sofreram algum tipo de arritmia ou problema neurológico quando estão em pleno desenvolvimento de uma atividade física. Isso acontece, muitas vezes, porque a falta de exames específicos faz com que as informações sobre o nosso próprio organismo fiquem desconhecidas, até que em um determinado dia ele se manifesta, às vezes, de modo fatal”, diz.