conecte-se conosco

Ciência e Saúde

Máscaras PFF2 oferecem praticamente 100% de proteção contra a Covid-19

Apontamento foi feito por estudo científico da Alemanha

Publicado

em

Foto: Ilustrativa / Freepik

Na última semana, foi divulgado um estudo científico realizado pelo Instituto Max Planck para Dinâmica e Auto-organização, em Göttingen, na Alemanha, que apontou que as máscaras faciais do modelo PFF2 oferecem proteção de quase 100% contra a Covid-19. Outro ponto destacado pelo instituto foi de que, o distanciamento de três metros entre duas pessoas não-vacinadas sem máscara de proteção não impede a contaminação pelo Coronavírus, algo que reforça a importância do Equipamento de Proteção Individual (EPI) para a prevenção à pandemia. 

O estudo deverá ser publicado nesta terça-feira, 7, Proceedings of the National Academy of Sciences. Ainda sobre o distanciamento de três metros entre pessoas sem máscara e sem imunização, a pesquisa afirma que o risco de infecção é de praticamente 100%. Segundo a entidade alemã, o objetivo foi trazer um detalhamento para como as máscaras garantem proteção ao Coronavírus. 

“Não teríamos pensado que a uma distância de vários metros levaria tão pouco tempo para uma dose infecciosa ser absorvida do hálito de um portador do vírus”, afirma Eberhard Bodenschatz, coautor do estudo e diretor do Instituto Max Planck de Dinâmica e Auto-organização. Segundo ele, a três metros de distância, a respiração dos infectados se espalha pelo ar em forma de cone, com partículas ricas em vírus caindo no chão após percorrerem uma distância curta. “Em nosso estudo, descobrimos que o risco de infecção sem o uso de máscaras é enormemente alto depois de apenas alguns minutos, mesmo a uma distância de três metros, se as pessoas infectadas têm alta carga viral da variante delta do Sars-CoV- 2”, completa.

Máscaras PFF2 e KN95

De acordo com o estudo, máscaras PFF2 ou KN95 são essenciais para evitar o contágio, sendo eficazes para filtrar as partículas infecciosas que estão no ar. Para isso, é essencial encaixar bem o item de proteção no rosto. De acordo com a entidade científica, caso duas pessoas, uma infectada e outra sem o vírus, estarem usando este tipo de máscara, o risco máximo de contágio após 20 minutos de contato dificilmente será maior do que um para 1 mil, mesmo que estejam a uma distância pequena. É essencial que a máscara sirva corretamente, pois, caso contrário, o risco de contágio aumentará para 4%. Uma vez que ambos estejam de máscara cirúrgica bem ajustada ao rosto, o risco máximo de transmissão é de 10% se as pessoas ficarem em contato por 20 minutos.

No dia-a-dia, a probabilidade real de contrair o vírus pode ser de 10 a 100 vezes menor. “Isso ocorre porque o ar que sai da máscara nas bordas é diluído, de modo que você não obtém todo o ar respirável não filtrado”, relata Bodenschatz.

Encaixe deve ser bem feito

Segundo o Instituto Max Planck, as máscaras PFF2 e KN95, bem como alguns modelos cirúrgicos, são filtros muito eficazes, mas é necessário que elas sejam bem encaixadas, pois é o ar que escapa das máscaras que determina o risco de contrair o Coronavírus. “Uma máscara pode ser perfeitamente adaptada ao formato do rosto se você dobrar sua tira de metal em um W arredondado antes de colocá-la”, afirma o pesquisador. “Então, as partículas infecciosas do aerossol não passarão mais pela máscara e os vidros [dos óculos] também não embaçam”, complementa Bodenschatz.

De acordo com a entidade alemã, máscaras PFF2 que estão bem ajustadas no rosto protegem 75 vezes mais do que máscaras cirúrgicas igualmente bem encaixadas no rosto, entretanto, da mesma maneira, o item cirúrgico reduz de forma significativa as chances de contrair a Covid-19. “É por isso que é tão importante que as pessoas usem uma máscara durante a pandemia”, finaliza o coautor do estudo, Gholamhossein Bagheri.

Com informações da Revista Galileu e Instituto Max Planck

plugins premium WordPress