Na última semana, voltaram a circular em todos os bairros de Paranaguá os veículos do “fumacê”. A medida de controle é considerada fundamental nesta época do ano, devido à região oferecer condições favoráveis à proliferação e ao rápido desenvolvimento do mosquito Aedes Aegypti.
Segundo informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), o ciclo iniciado na terça-feira, 16, é apenas o primeiro de um total de cinco que passarão pelas residências de Paranaguá. Desta forma, a previsão é que todos os ciclos sejam finalizados no dia 9 de fevereiro.
A SESA salientou que são 10 profissionais envolvidos na ação de combate ao mosquito transmissor da dengue e oito caminhonetes com aparelhos específicos para a aspersão do inseticida foram disponibilizadas.
Para que não haja prejuízos aos moradores e aos animais de estimação e, ainda, garantir a eficácia do “fumacê”, a SESA deixou algumas orientações sobre o que fazer no momento em que os carros passarem. “Abrir portas e janelas, cobrir a água e a alimentação de animais domésticos, cobrir frutas e verduras que estejam sobre a mesa, cobrir com pano molhado gaiolas e recipientes com pequenos animais e não deixar que as crianças fiquem acompanhando os caminhões para evitar acidentes”, comunicou em nota.
A aplicação do “fumacê” se faz necessária especialmente neste período do ano, quando o clima está mais propício para a proliferação do mosquito. “As constantes chuvas ocorridas nas últimas semanas aliadas às temperaturas elevadas do verão exigem cuidados redobrados com o Aedes, pois o mosquito utiliza focos de água parada para se reproduzir, e quanto maior a temperatura, menor seu tempo de desenvolvimento”, lembrou a SESA em nota.
PREVENÇÃO
A Prefeitura de Paranaguá está atuando em conjunto com as ações do Estado e tem realizado remoções de criadouros do mosquito através da visita de casa em casa.
Em nota à imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a Serraria do Rocha e áreas próximas à Vila Guarani são localidades consideradas mais críticas, conforme levantamento recente que averiguou a infestação do mosquito, mas o trabalho de remoção de criadouros seguirá por toda a cidade.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO
O último boletim epidemiológico divulgado semanalmente pela SESA com os casos de dengue, zika e chikungunya em todo o Estado, de agosto de 2017 até terça-feira, 16, foram confirmados 385 casos em todo o Paraná. No mesmo período, foram registrados sete casos de chikungunya e nenhum de zika. Desde o início de 2017, também não foram registradas mortes pelas doenças no Paraná.
Os municípios com maior número de casos confirmados são: Maringá (141), Foz do Iguaçu (39) e Cambé (20). Os municípios de Tamboara e Itaipulândia têm as maiores incidências do vírus, apresentando de 100 a 300 casos a cada 100 mil habitantes.
No litoral do Paraná, nos sete municípios, houve apenas suspeitas das doenças mencionadas, mas nenhuma confirmação.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SESA, Júlia Cordellini, isso não significa que a população deva esquecer os cuidados. “Não cansamos de reforçar que a melhor maneira de evitar a dengue e as outras doenças que também podem ser transmitidas pelo Aedes é por meio da eliminação de possíveis criadouros para o mosquito. Nosso apelo se estende a toda população do Estado para que cuide de suas casas e alerte vizinhos e colegas sobre a situação”, destacou.