Na semana passada, um estudo detectou um aumento acentuado na infestação do mosquito Aedes aegypti em Paranaguá. Após a divulgação dos números alarmantes para todos os bairros do município, autoridades de saúde decidiram intensificar as ações com a remoção dos pequenos criadouros dentro das residências.
A força-tarefa é uma iniciativa paralela que complementa o “fumacê”, o inseticida dispersado por veículos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que mata o mosquito adulto e completará cinco ciclos em toda a cidade. Sendo assim, cerca de 200 profissionais estarão envolvidos para visitar casa a casa de hoje até a sexta-feira, 22, e recolher os objetos que possam ser focos do mosquito, além de orientar a população sobre a importância da remoção constante dos criadouros.
O estudo revelou que toda a área urbana de Paranaguá foi diagnosticada com o mosquito.
“Do total de 331 armadilhas, observamos que em novembro tivemos 156 focos do mosquito e, em dezembro, 192 focos positivos. A armadilha com mais ovos que encontramos em novembro tinha 218 ovos e, em dezembro, teve uma com 700 ovos”, relatou a diretora da 1.ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti.
Por isso, houve uma rearticulação das ações para controlar a infestação.
“O 'fumacê' atinge exclusivamente o mosquito adulto e é fundamental e crucial nesse momento fazer a remoção de criadouros. Temos que saber o que são criadouros, são pequenos objetos, resíduos que jogamos no chão, o nosso inimigo está dentro dos nossos quintais, dentro da nossa casa. Faz parte do nosso exercício de cidadania que cada um faça a remoção e verificação ao menos uma vez por semana para ver se não há criadouro em potencial”, frisou Ilda.
Diretora da 1.ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, destacou que a força-tarefa é ordenada e coordenada nos três dias para remoção de 100% dos pequenos criadouros
AÇÃO EM CONJUNTO
A força-tarefa conta com o apoio de líderes comunitários, grupos de redes sociais, associação de moradores, empresas e Marinha do Brasil.
“É uma ação coordenada e ordenada em que se faz a remoção de 100% de criadouros em 100% da cidade durante os três dias. O momento em que estancamos a epidemia foi quando trabalhamos em uma ação semelhante a essa com participação da comunidade, esse é o diferencial. Depois disso, essa remoção tem que se tornar um hábito na vida dos moradores”, ressaltou Ilda.
Ação começa hoje e contará com uma média de 200 profissionais
ESTUDO
O projeto de Vigilância Entomológica do Aedes aegypti que revelou a problemática no município e todo o monitoramento foram realizados pelos três segmentos do governo.
“Trabalham nesse projeto a prefeitura, não só com a Secretaria de Saúde como Meio Ambiente, Planejamento, Segurança, Educação, tem todo um contexto da prefeitura dentro do projeto. É muito importante enaltecer que em toda ação de combate e controle do Aedes há o trabalho efetivo de rotina dos agentes de endemias e agentes comunitários. O Governo Federal está dentro do contexto geral, já que a UFPR que faz a pesquisa”, enfatizou Ilda.
Foto de capa: Agência Estadual de Notícias