Ciência e Saúde

Fatores de risco para o câncer de mama: conheça e saiba como preveni-los

Apenas de 5 a 10% dos casos são relacionados à hereditariedade

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O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, apenas atrás do câncer de pele não melanoma. Esse índice é alarmante, principalmente quando se considera que existem vários fatores que tornam a mulher predisposta a ter a doença. 

Isso significa que o câncer de mama não escolhe cor, não escolhe raça, não escolhe credo e nem classe social. Ele pode acometer qualquer mulher, e quanto mais idade ela tem, maior o risco.

Para explicar melhor sobre o assunto, o Instituto Peito Aberto, que acolhe mulheres com câncer de mama em Paranaguá, elencou alguns fatores de risco para o acometimento da doença. A incidência desses fatores de risco não significa que a mulher necessariamente terá a doença. No entanto, é muito importante que se pratique a prevenção, reduzindo as chances do câncer de mama se desenvolver.

SER MULHER

Segundo o INCA, entre os novos casos da doença, 99% são em mulheres, e apenas 1% em homens. 

IDADE AVANÇADA

Ainda de acordo com o INCA, a incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade pela doença. No entanto, a cada década que passa, o risco de câncer aumenta também para mulheres mais jovens. 

OBESIDADE E SOBREPESO

A obesidade, principalmente após a menopausa, aumenta o risco do câncer de mama. Por isso, a recomendação é manter um peso equilibrado, de acordo com a sua idade e altura.

SEDENTARISMO

A inatividade física está associada à obesidade, o que aumenta o risco de câncer de maneira modesta. O ideal é que sejam realizados no mínimo 30 minutos de exercícios ao dia, ou então pelo menos 150 minutos por semana.

PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA

Quem possui determinadas alterações genéticas que passam de mãe ou pai para filha tem alto risco de desenvolver um câncer. No entanto, vale lembrar que apenas 5 a 10% dos casos da doença estão relacionados a esses fatores.

MENSTRUAÇÃO PRECOCE E MENOPAUSA TARDIA

Quanto mais cedo ocorre a primeira menstruação (por exemplo, antes dos 12 anos), maior o risco de desenvolver a doença. O mesmo ocorre para quem teve a menopausa tardia, principalmente após os 55 anos.

NÃO TER ENGRAVIDADO

Assim como a menstruação, a gravidez é um fator que proporciona muitas alterações hormonais. As alterações causadas pela gravidez e pela amamentação produzem células que ajudam, de maneira modesta, a proteger a mulher do câncer de mama. Inclusive, estudos apontam que a amamentação contínua por 1 a 2 anos reduz ainda mais o risco da doença.

CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA

Estudos apontam que o consumo frequente de álcool está associado ao aumento do risco do câncer de mama. Por isso, o recomendado é que haja um limite de consumo, ou então que se evite o alcoolismo.

TABAGISMO

O tabagismo, apesar de ter poucas evidências sugestivas, é atualmente classificado pela International Agency for Research on Cancer (IARC) como agente de risco para câncer de mama. Isso significa que o uso de cigarro possivelmente facilita o desenvolvimento desse tipo de câncer.

EXPOSIÇÃO FREQUENTE A RADIAÇÕES

Segundo o INCA, o risco de câncer de mama devido à radiação ionizante é proporcional à dose e à frequência em que a mulher é exposta. Por exemplo, uma mulher que precisou receber radioterapia no tórax tem mais chances de desenvolver a doença do que uma que não recebeu. 

USO DE CONTRACEPTIVOS OU DE REPOSIÇÃO HORMONAL

O uso contínuo de hormônios, principalmente por mais de 5 anos, aumenta exponencialmente o risco de desenvolver a doença. Para mulheres que fazem reposição hormonal de estrogênio e progesterona após a menopausa, é preciso ficar em alerta para o risco aumentado de câncer de mama.

Existem outros fatores de risco que merecem atenção e que estão atrelados a questões genéticas e hereditárias:

História familiar de câncer de ovário;

História familiar de câncer de mama em homens;

Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;

Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

É preciso ficar muito atenta à presença de um ou mais desses facilitadores, principalmente os relacionados a fatores genéticos e hereditários.

Como prevenir o câncer de mama?

Tenha uma dieta balanceada;

Pratique atividades físicas;

Faça o controle do peso corporal;

Evite o tabagismo;

Reduza o consumo de bebidas alcoólicas;

Se tiver filhos, invista na amamentação prolongada.

Fonte: Instituto Peito Aberto, INCA e Oncoguia

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.