Ciência e Saúde

Especialista em Ortopedia e Traumatologia fala das principais causas de dores no ombro

Dr. Elicimar Luis Beltran Martins é formado pela Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS) no ano de 2009. Possui especialização em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital Fraturas Novo Mundo de 2012 a 2014. Fellowship em Cirurgia do Ombro e Cotovelo em 2015. Título de Especialista e Ortopedia e Traumatologia pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT

Especialista em Ortopedia e Traumatologia fala das principais causas de dores no ombro

Especialista em Ortopedia e Traumatologia fala das principais causas de dores no ombro

Neste espaço do Momento Saúde Unimed Paranaguá, Dr. Elicimar Luis Beltran Martins explica quais são as principais causas de dores no ombro atualmente. Ele também aborda quando é preciso procurar um ortopedista, além disso, comenta que atualmente, com a evolução da medicina, algumas cirurgias ortopédicas estão sendo realizadas com procedimentos minimamente invasivos. Confira:

Quais são as principais causas de dores no ombro atualmente?

Dr. Elicimar: As principais causas destas dores são a tendinite e bursite; lesões dos tendões do manguito rotador ou síndrome do manguito rotador; capsulite adesiva ou ombro congelado; tendinite calcária; dor para escapular; alterações da coluna cervical; desequilíbrio muscular e má postura; discinesia da escápula; artrose acromioclavicular; lesão do lábio superior e da cabeça longa do bíceps; artrose do ombro e artropatia do manguito rotador.

Quando devemos procurar um ortopedista?

Dr. Elicimar: As dores que voltam com frequência a incomodar, que persistem por mais de um dia ou que incapacitam, impedem a função, merecem uma atenção especial. Quando se percebe limitação é porque normalmente já há um agravo. Outra razão para buscar um especialista seria manter a qualidade de vida.

Muitos problemas são de tratamento cirúrgico para a resolução?

Dr. Elicimar: Sim, mas não a maioria. Sempre temos como objetivo a melhora ou, pelo menos, a manutenção da qualidade de vida. Adequar as indicações de tratamento com a realidade de idade e expectativa do paciente quanto aos resultados é importante. Expor todos os prós e contras de cada tratamento para que a decisão em conjunto possa ser tomada e conduzida para desfechos mais satisfatórios e assertivos, suprindo a demanda de cada indivíduo. Por isso, os parâmetros técnicos de uma boa avaliação clínica feita com uma boa conversa entre médico paciente, exame físico e exames complementares ajudam na decisão e devem ser assim realizados.

Quando for necessária uma cirurgia, sempre será preciso realizar cortes na pele?

Dr. Elicimar: Hoje, com a evolução da medicina, a cirurgia ortopédica não poderia ficar para trás e temos optado cada vez mais, e nos especializado nisto, por procedimentos minimamente invasivos. A cirurgia por videoartroscopia possibilita que com pequenos acessos, cortes na pele de até 1 cm, sejam realizados os mais diversos procedimentos e, no caso do ombro, não é diferente. Realizo no Hospital Paranaguá, semanalmente, cirurgias como esta, onde com uma ótica (câmera de vídeo) e pequenos instrumentais cirúrgicos, conseguimos corrigir quadros de instabilidade articular (lesões em que ocorrem luxações ou movimentos que provoquem a incongruência do ombro), reparo e reinserção de tendões no osso, reparo de lesões de cartilagem, ressecção de saliências ósseas e impacto e até mesmo fixação de alguns tipos de fraturas. Diferente do que popularmente é falado, não existe um laser utilizado e sim câmera de vídeo, pinças, fios de alta resistência, miniparafusos ou âncoras e a radiofrequência, uma espécie de bisturi elétrico, possibilitam que tudo isso seja feito.

Esta é uma profissão muito importante. Quantos anos são necessários para a formação de um ortopedista cirurgião de membro superior?

Dr. Elicimar: São necessários, no mínimo, 10 anos de formação. Se levarmos em conta que são 6 anos de medicina, mais 3 anos de residência em ortopedia e traumatologia, a seguir 1 ano de estágio ou fellowship em cirurgia do ombro e cotovelo, por exemplo, totalizando 10 anos. E digo que na verdade nunca paramos, pois ainda existem cursos de especialização e aprimoramento em determinadas técnicas que são necessárias sempre para um atendimento atual e personalizado.

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