Na terça-feira, 4, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou novo informe epidemiológico sobre a situação da dengue, zika e chikungunya em todo o Paraná. De acordo com o boletim, em uma semana, 292 novos casos de dengue foram registrados no litoral, a maior parte deles (228) em Paranaguá. Além disso, houve o registro de novos casos da doença nos municípios de Antonina (43), Guaratuba (15), Morretes (4) e Matinhos (2).
O informe registra a situação da dengue desde 11 de agosto de 2020. Segundo a Sesa, Paranaguá, Morretes e Antonina, com incidências acumuladas de casos de dengue de, respectivamente, 1.311,94, 1.442,01 e 973,12, estão em epidemia. Os três municípios apresentaram crescimento de casos nas últimas semanas.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) realiza diariamente os serviços de coleta do lixo doméstico e entulhos, porém algumas pessoas ainda insistem em descartar os resíduos nas ruas e terrenos baldios. “Pessoas que fazem isso estão se prejudicando e afetando também o próximo. A dengue é uma doença muito séria e pode matar. É preciso haver a conscientização de todos para que só coloquem o lixo para fora no dia da passagem do caminhão de coleta e não descartem entulhos nas ruas ou terrenos”, salienta Maristela Cerqueira, superintendente de Vigilância em Saúde de Paranaguá.
O município que conta com mais pacientes com a enfermidade até o momento na região é Paranaguá, que registra 2.053 casos, já Morretes tem 246, Antonina, 191 pessoas infectadas, Guaratuba apresenta 90 casos da doença, Matinhos tem 8 casos, Pontal do Paraná conta com 3 infecções e Guaraqueçaba contabiliza 1 caso.
O Informe Epidemiológico n.º 030/2020-2021 da Secretaria de Estado da Saúde indica que no litoral não há confirmações de febre Chikungunya e de Zika Vírus.
Sobre os casos suspeitos e que estão sendo investigados de dengue no litoral do Paraná são: Morretes (126); Paranaguá (95); Antonina (87); Guaratuba (78); Pontal do Paraná (68) e Matinhos (6).
“A dengue pode ser prevenida com a adoção de medidas dentro de casa, com a remoção dos focos e eliminação de pontos que acumulam água nos ambientes residenciais; o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, se prolifera nestes locais e recipientes”, disse o secretário Estadual da Saúde, Beto Preto.
Paranaguá
Na terça-feira, 4, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) iniciou as ações de combate à dengue nos bairros de Paranaguá. Nesta etapa, estão acontecendo mutirões de limpeza com os agentes de endemias, e na segunda quinzena de maio, a 1.ª Regional de Saúde confirmou a vinda dos veículos do “fumacê” ao município.“Os cuidados contra a dengue devem ser com a conscientização dos moradores sobre o cuidado com seus quintais e o perigo de descartar entulhos e lixo irregularmente. Além de outras questões como aparência do bairro, refúgio para roedores, o descarte irregular acarreta em água parada, local propício para a criação do Aedes aegypti”, alerta a secretária municipal de Saúde, Lígia Regina de Campos Cordeiro.
A Ilha dos Valadares (na região da Vila Itiberê e Sete de Setembro) foi a primeira região a receber a visita das equipes da Prefeitura de Paranaguá, que em seguida percorrerá as seguintes regiões:
Região A: Oceania, Costeira, Centro Histórico, Tuiuti, João Gualberto, Alto São Sebastião, 29 de Julho, Leblon, Industrial, Bockmann, Raia, Campo Grande, Ponta do Caju, Estradinha, Palmital, Alvorada e Eldorado.
Região B: Beira Rio, Vila Guarani, Padre Jackson, Vila Portuária, Rocio, Vila Guadalupe, Vila Alboit, Vila Ruth, Serraria do Rocha, Vila Cruzeiro, Alto Estrada, Porto dos Padres, Vila Paranaguá e Jardim Araçá.
Região C: Vila Itiberê, São Vicente, Santos Dumont, Jardim Guaraituba, Jardim América, Parque São João, Divineia, Jardim Yamaguchi.
Região D: Nilson Neves, Vila dos Comerciários, Jardim Paranaguá, Cominese, Ouro Fino, Jardim Jacarandá, Porto Seguro, Jardim Paraná, Vila Garcia, Vale do Sol, Jardim Esperança.
Região E: Parque Agari, Samambaia, Vila São Jorge, Colônia Santa Rita, Embocuí, Vila do Povo, Vila Primavera, Emboguaçu, Jardim Iguaçu, Vila Santa Helena, Jardim Figueira.
Foto: Muhammad Mahdi Karim / Wikimedia Commons