Às quintas e sextas-feiras do mês de outubro, as equipes de saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Prevenção, em parceria com outras secretarias, percorrerão Paranaguá para conscientizar a população sobre os cuidados para evitar a dengue. O trabalho teve início na quinta-feira, 5, e já passou pela Ilha dos Valadares, Bockmann, Leblon, Alvorada, Campo Grande e Raia com distribuição de panfletos e adesivos para as residências.
No trabalho de rotina realizado pelos agentes de endemias, várias ações de retirada de criadouros foram efetivadas, assim como aplicação de larvicida em todas as regiões da cidade.
Desta vez, o momento é de instruir a população para não jogar lixo nas ruas, tomar a vacina contra a dengue e evitar o acúmulo de lixo nos quintais.
A responsável pelo setor de dengue da Secretaria Municipal de Saúde e Prevenção, Eliniz do Rocio Mendes, disse que algumas ações de retiradas de entulhos ocorreram por motivo de urgência durante a epidemia de dengue. Por isso, a preocupação agora é com a questão do clima, que pode ser favorável à proliferação do mosquito.
“Tivemos um período grande de seca e outubro é um mês chuvoso. Mesmo durante a seca coletamos várias larvas e com a chuva, os ovinhos que estavam concentrados se transformam em larvas e se tornam mosquitos adultos”, afirmou a responsável pelo setor de dengue.
Outra preocupação das autoridades de saúde que motivou o mutirão é a proximidade do mês de novembro, período em que há muito fluxo de turistas, devido à Festa de Nossa Senhora do Rocio. “Paranaguá é uma cidade que existe um fluxo alto de pessoas de outras cidades e países e isso faz com que a gente fique atento”, ressaltou a responsável pelo setor de dengue.
CIDADE MAIS LIMPA
Segundo Eliniz, a população mudou o comportamento após a epidemia. “Isso é visível, aquele monte de entulhos que víamos pelas ruas diminuiu bastante. Tem localidades em que há um cuidado maior”, disse Eliniz. “Quando falamos mutirão, as pessoas pensam em objetos grandes, mas o mosquito pode depositar os ovos em pequenos locais como tampinhas, vasinhos, copinhos”, completou.
A área central tem causado o maior alerta das equipes, que têm percebido uma grande quantidade de lixo descartável, copos e demais objetos que as pessoas adquirem no centro e desprezam nas ruas e praças. Além disso, ainda há resistência de alguns moradores com relação à visita dos agentes. “Muitos ainda não entendem que este trabalho não é porque houve a epidemia, é porque é um trabalho contínuo e nós temos que estar em alerta sempre”, frisou Eliniz.