A coqueluche, também conhecida como pertussis ou tosse comprida, é uma doença respiratória transmitida por bactéria. Apesar de ser prevenida por vacina, a doença ainda é registrada no País, tanto que nesta semana um recém-nascido morreu em função da doença. Isso porque a mãe não teria tomado a vacina dTpa, também conhecida como tríplice bacteriana ou trivalente, durante o pré-natal.
Exames laboratoriais, realizados pelo laboratório do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, deram positivo para coqueluche.
A diretora da 1.ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, afirmou que este é o período epidemiológico da coqueluche.
“Ela aparece e perdura até em torno de fevereiro e março. É o período em que costumam aparecer casos de forma geral. Por uma fatalidade, nós perdemos essa criança que foi encaminhada para Curitiba, mas a família é de Paranaguá”, esclareceu.
A vacina dTpa, além da coqueluche, protege também contra o tétano e a difteria. De acordo com o novo calendário vacinal, entre o público adulto, somente gestantes podem tomar a dose a partir da 20.ª semana. As mulheres que não se vacinaram durante a gravidez devem receber a dose durante o puerpério (até 40 dias após o parto). A medida busca garantir que os bebês já nasçam protegidos contra a doença por conta de anticorpos transferidos pela mãe ao feto diante da gestação.
“A doença é imunoprevenível, protegida por vacina. As crianças recebem a primeira dose com dois meses de idade, a segunda com quatro meses, a terceira com seis meses e com 15 meses o reforço. Desde 2014 está instituído na rotina das gestantes para que elas tomem no pré-natal”, destacou Ilda. Todas as unidades de saúde possuem as doses para aplicação.
A chamada tosse comprida com falta de ar é a principal característica da doença.
“Fala-se muito que os sintomas são parecidos com o da gripe, mas a tosse é muito mais grave. Existe tratamento para a doença, uma nota técnica foi divulgada para os profissionais do litoral, pois é preciso atender os sintomas para levantar a suspeita. Desta forma, o caso é encaminhado à vigilância epidemiológica do município para que seja feito o exame”, disse Ilda.
Apesar de vários boatos circularem sobre outros óbitos em decorrência da doença, a 1.ª Regional de Saúde ressaltou que, até o momento, apenas o caso do recém-nascido foi notificado.
Gestantes devem tomar a dose da vacina durante o pré-natal
SOBRE A COQUELUCHE
De acordo com o Ministério da Saúde, o contágio da coqueluche se dá pelo contato direto com a pessoa infectada ou por gotículas eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar. A infecção pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas acomete, principalmente, crianças menores de dois anos.
Em crianças e idosos, a coqueluche pode evoluir para quadros graves com complicações pulmonares, neurológicas, hemorrágicas e desidratação. O tratamento é feito com antibióticos e deve ser prescrito por um médico. O Ministério da Saúde recomenda que é importante procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e o tratamento correto.
Foto: Agência Estadual de Notícias