Ciência e Saúde

Como gastar menos dinheiro com dentista

A negligência na procura de atendimento se relaciona com a desinformação e com a falta de conhecimento que a prevenção é mais econômica e menos dolorida que o tratamento do problema existente

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“No dia a dia do consultório e ao longo dos anos de atendimentos clínicos, sempre me chamou a atenção como haviam pacientes que buscavam atendimento quando o seu caso já estava em uma situação mais complexa, demorada e cara. Na maioria dos casos, se tivesse procurado antes do problema se agravar, a atuação clínica seria mais simples, menos dolorosa e menos custosa para o paciente. A negligência na procura de atendimento se relaciona com a desinformação e com a falta de conhecimento que a prevenção é mais econômica e menos dolorida que o tratamento do problema existente.

Muitas situações clínicas poderiam ser caracterizadas como procedimentos minimamente invasivos, se o paciente tivesse tido orientação básica de higiene bucal, por exemplo. Vejo que o não uso do fio dental é um dos maiores causadores de cáries entre os dentes ou o amolecimento e perda dos mesmos.

Quando questionados sobre o uso do fio dental, as pessoas dizem não saberem que era tão importante o seu uso. Outros, a minoria, diz usar, mas quando pedimos para nos mostrar como usam, o fazem de forma errada e relatam nunca terem sido ensinados a passar fio dental por um profissional.

Outros tratamentos rotineiros, mas que também acabam causando traumas e dores aos pacientes, é quando uma “simples” restauração resulta em um tratamento de canal. O relato do paciente é quase sempre o mesmo: que fez a restauração há um tempo e nunca mais a reavaliou. Viu que a mesma estava com um “buraquinho” mas, como não estava doendo, não procurou atendimento. As restaurações devem ser reavaliadas a cada 3 anos, assim como a limpeza periódica no dentista ( em média a cada 2 a 6 meses ) ajuda o profissional a avaliar os dentes e observar alguma anormalidade. Também é importante a realização de exames radiográficos bucais, principalmente dos dentes que já tiveram algum tratamento. É importante saber que tudo isso ajuda na prevenção e a entender que as restaurações tem seu prazo de validade e de tempos em tempos tem que ser refeitas para evitar um transtorno ainda maior -DOR!- e custos maiores.

Pacientes que passaram por um tratamento longo e que tiveram a “finalização” do seu caso, acreditam que não precisam mais voltar às consultas de rotina. Isso não é verdade. Temos que entender que nenhum material ou tratamento resiste para sempre, sem manutenção. Você deve entender que assim como um carro, nossa boca também precisa de revisão periódica. Às vezes, algumas trocas são necessárias e nenhum material tem potencial de durar para sempre. A nossa boca é um local que usamos no mínimo três vezes ao dia para se alimentar e ela aceita qualquer tipo de comida : salgada, doce, apimentada, ardida etc… e em qualquer temperatura ( se estivermos com boa saúde bucal). Podemos dizer que nenhum material é tão bom quanto os nossos dentes naturais. Mesmo nos tratamentos longos e complexos, as revisões para controle são necessárias.

Nas primeiras consultas com o paciente, a avaliação Clínica Odontológica significa entender o que o ele almeja, o que ele busca com o tratamento, mas acima de tudo perceber as falhas ou limitações que ele tem com a parte da prevenção dental. É necessário analisar se ele sabe escovar os dentes, se ele usa o fio dental e de forma correta, se ele compreende os passos do tratamento, se ele sabe as dificuldades e os limites. Fazê-lo entender a complexidade do aparelho bucal e conhecer a própria boca, diminui as chances dele ter outros problemas mais complexos. Orientar sobre os retornos periódicos, sobre a “validade” dos materiais em boca, do uso diário do fio dental e da sua autoavaliação, diminui os retrabalhos e os custos.

É fundamental na orientação odontológica que o paciente tenha os ensinamentos de como realizar uma boa higiene dental, os benefícios e desvantagens de qualquer tratamento e a conscientização da necessidade de ter a saúde bucal em dia. A prevenção diminui os problemas bucais através do uso do fio dental, escovação adequada, frequência da limpeza profissional, entre outros cuidados. Assim, seus danos bucais ficam reduzidos aos minimamente invasivos, de fácil resolução, de baixo custo e sem dor. Procure sempre o dentista preventivamente e saiba que procrastinar um tratamento, só dificulta a resolução. #ficaadica Pense comigo: é mais barato fazer a revisão do carro periodicamente ou esperar o motor fundir?

Marcelli S.S. Camargo CRO:100.890 @Marcelli_Camargo Professora da Especialização de Prótese da USP

Coordenadora da Especialização de Prótese do CAP/ ARACAJU

Mestre pela USP

Especialista em Prótese pela USP

Especialista em Implante pela UNINOVE Membro ITI (Internacional Team of Implantology) Endereços de Atendimento:

São Paulo

Rua Itapeva, 26, Conj 910

Bela Vista

Pontal do Paraná Rod PR 412, 1188A Praia de Leste

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Como gastar menos dinheiro com dentista

Alex Vizine

Formado em Letras e respectivas Literaturas pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (FAFIPAR) em 2014 e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar) em 2018. Desempenha suas funções na Folha do Litoral News desde 2020 como Microempreendedor Individual (MEI), além de atuar com produções audiovisuais e em radiodifusão no litoral do Paraná. Associado ao Rotary Club de Paranaguá Rocio, ministro da Eucaristia e da equipe de liturgia no Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio.