Ciência e Saúde

Com baixas temperaturas, circulação de doenças respiratórias aumentam e cuidados devem ser redobrados

Em entrevista, a Dra. Carolina Fangueiro, otorrinolaringologista, destacou as medidas de prevenção

O tempo frio e seco favorece a proliferação e circulação dos vírus e o agravamento de doenças preexistentes (Foto: Ilustrativa/Freepik)

O tempo frio e seco favorece a proliferação e circulação dos vírus e o agravamento de doenças preexistentes (Foto: Ilustrativa/Freepik)

Nesta época do ano, com as baixas temperaturas, a circulação de doenças respiratórias aumenta significativamente, entre elas estão a gripe, resfriados, rinite, sinusite, asma, bronquite e bronquiolite. O tempo frio e seco favorece a proliferação e circulação dos vírus e o agravamento de doenças preexistentes. Por conta disso, é necessário redobrar a atenção e adotar alguns cuidados essenciais como estar com a vacinação em dia, pois essa é a principal forma de se proteger, evitar aglomerações, realizar a higienização correta das mãos e estar sempre muito bem agasalhado.

Em entrevista à Folha do Litoral News, a Dra. Carolina Fangueiro, otorrinolaringologista, especialista em medicina do sono e médica da Unimed Paranaguá, destacou medidas de prevenção e os cuidados a serem adotados para se proteger de possíveis doenças respiratórias, principalmente nesta época do ano.

“As pessoas devem se hidratar tomando água, usar máscara e álcool em gel em locais aglomerados e fechados, dormir de 6 a 8 horas por noite, não só a quantidade, mas a qualidade do sono, ter uma alimentação saudável com o consumo de frutas e verduras em especial nessa época do ano as que têm Vitamina C, praticar atividade física, estar as vacinas em dia e por último algo que eu sempre falo para os meus pacientes, lavar o nariz. A lavagem nasal previne muitas doenças respiratórias”, explicou a Dra. Carolina.

Dra Carolina Fangueiro, Otorrinolaringologista, especialista em medicina do sono e médica da Unimed Paranaguá (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
Dra Carolina Fangueiro, Otorrinolaringologista, especialista em medicina do sono e médica da Unimed Paranaguá (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

Uso de máscaras

Conforme a Secretaria de Estado da Saúde, o uso de máscaras faciais faz parte de um conjunto de medidas a serem adotadas de forma integrada para prevenção e controle da transmissão de doenças respiratórias virais, sendo recomendado a utilização por pessoas com sintomas gripais, com fatores de risco para complicações de doenças respiratórias virais (em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades) em situações de maior risco de contaminação como locais fechados e mal ventilados, locais com aglomeração e em serviços de saúde.

“O uso de máscara ainda é recomendado em locais fechados e com aglomeração. Esse autocuidado é importante para diminuir a contaminação das doenças respiratórias”, explica Carolina.

Outros cuidados

Segundo a Sesa, neste período, deve-se intensificar as medidas que evitam a transmissão de vírus respiratórios. A secretaria reforça que a vacinação contra a Influenza e Covid-19 é a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pelas doenças.

Para se ter uma saúde adequada, é necessário atentar-se à higienização. Lavar as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento. No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel a 70%. Utilizar lenço descartável para higiene nasal. Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir. Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca. Higienizar as mãos após tossir ou espirrar. 

“Não se deve compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. Manter os ambientes bem ventilados. Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de Síndrome Gripal. Evitar sair de casa em período de transmissão da doença. Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados”, alertou a Sesa.

Caso apresente algum sintoma de doenças respiratórias, a Sesa orienta o afastamento temporário do trabalho, escola, em até 24 horas após cessar os sintomas.

Atendimento médico

Deve-se buscar atendimento médico em caso de sinais e sintomas compatíveis com a doença, tais como: aparecimento súbito de calafrios, mal-estar, cefaleia, mialgia, dor de garganta, artralgia, prostração, rinorreia e tosse seca. Podem ainda estar presentes diarreia, vômito, fadiga, rouquidão e hiperemia conjuntival.

A Dra. Carolina Fangueiro, alerta para os sinais que indicam a necessidade de procurar atendimento médico. 

“Deve-se procurar o médico quando tiver falta de ar ou dificuldade de respirar, febre persistente que não cessa com a medicação, tosse persistente ou com catarro espesso, queda do estado geral com dificuldade de se alimentar, cansaço e prostração”, alertou a Dra. Carolina Fangueiro.

Dados apresentados pela Sesa

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), amostras levantadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), apontaram que, de todos os casos positivados para alguma infecção respiratória, 28,51% são causados pelo “vírus da bronquiolite”, o VRS.

Ainda segundo os dados apresentados pela Sesa, a positividade para a Influenza A cresceu 177,52%. Nos primeiros 12 dias do mês de maio, o vírus da gripe, classificado em subtipos principais, como H1N1pdm09 e H3 Sazonal, passou de 6,45% para 17,90%. Além disso, a vacina contra a gripe está liberada e disponível para toda a população acima dos seis meses de idade.

De acordo com a secretaria, na região Sul do Brasil, a circulação dos vírus respiratórios, geralmente ocorre durante os meses mais frios, no outono e inverno, podendo ocorrer aumento de casos de doenças respiratórias. Comparando o mesmo período do ano de 2025 com 2024, dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), foram notificados 7.219 e 7270 casos, respectivamente.

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Elano Squenine

Estudante de Jornalismo desde 2025 pela Uningá, Elano Squenine atuou como repórter, pauteiro e produtor em uma emissora de rádio. Atualmente, ele exerce suas funções na Folha do Litoral News como coprodutor (MEI).