A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apresentou novos dados relacionados à dengue no Paraná. Os números, nesta semana, não mostraram evolução de pessoas com a doença em Paranaguá, uma vez que os casos de dengue seguem com os 33 registros da semana do dia 23 de dezembro, data em que houve o último boletim epidemiológico. A notícia, apesar de boa, segundo a 1.ª Regional de Saúde, deve ser vista como uma força a mais para que os esforços na eliminação de criadouros do mosquito sejam redobrados para que a dengue e o zika vírus não se tornem uma epidemia na cidade.
ATENÇÃO REDOBRADA NO VERÃO
A chefe da 1ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, pediu atenção redobrada da sociedade nestes meses de janeiro e fevereiro, períodos do ano em que a chuva e o calor se tornam ambientes propícios para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. “Somente com a contínua eliminação dos criadouros é que conseguiremos vencer esta guerra contra o mosquito. Estamos percebendo que a somatória de esforços até aqui está reduzindo o número de pessoas com a doença, mas um dia de descuido e tudo pode regredir”, disse Ilda.
Ela fez questão de lembrar que a primeira dose da vacina, dada em agosto de 2016, mostra-se eficiente para a finalidade de reduzir em mais de 90% os casos de dengue grave no município. Além disso, as campanhas realizadas na mídia e a melhora na conscientização popular a respeito do problema foram mecanismos que também ajudaram na diminuição de pessoas contraindo a dengue em Paranaguá. “O Governo do Estado em parceria com o município agiram intensamente para fazer uma grande ação de limpeza nos bairros para, em seguida, ter sido lançada a bomba costal que matou uma grande quantidade do mosquito”, comentou.
Se não fossem tais ações, Ilda acredita que a cidade estaria revivendo o passado não distante de um ano atrás, quando os casos de dengue se multiplicavam e as primeiras mortes começavam a ser registradas na região. “Mesmo com tudo o que estamos fazendo, o nosso mapeamento nos apresenta algo muito preocupante que é o foco do mosquito em toda Paranaguá. Esta situação obriga cada um de nós a permanecer em alerta por muito tempo ainda”, observou.
No mapa, as regiões onde o foco do mosquito aparece com quase 30% de positividade estão marcadas em vermelho e chamam a atenção pela descentralização do problema. “Sabemos direitinho onde o mosquito está porque temos deixado as armadilhas espalhadas pelos bairros e semanalmente verificamos se houve evolução ou redução”, explicou.
CUIDADOS NAS FÉRIAS
Quem for viajar nestes meses de verão precisa estar atento a situações como tampar, com um plástico, o ralo existente em áreas externas, bem como manter abaixada a tampa do vaso sanitário e, ainda, verificar se a caixa de água está devidamente tampada. Vasos com flores também precisam ter a presença de areia que absorva a água da chuva. Também se recomenda a destinação de tempo, antes da viagem, para uma grande limpeza no quintal de modo que não fique, por esquecimento, nenhum objeto que possa concentrar água e se tornar um potencial criadouro do mosquito Aedes Aegypti.
Quando a pessoa voltar para casa a dica é não se esquecer de olhar a calha e o reservatório de água da geladeira, locais onde o mosquito costuma depositar seus ovos.