Desde o dia 20 de novembro, a população de Paranaguá começou a perceber a presença de mariposas em suas casas e nas ruas. Porém, o animal que parece inofensivo provoca dermatite, deixando a pele irritada, com vermelhidão e coceira intensa. Esses foram os diversos sintomas relatados por aqueles que tiveram que recorrer à UPA em Paranaguá na última semana em busca de um atendimento que aliviasse o desconforto.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram notificados, ao todo, 1.081 casos. Entretanto, a informação é de que muitas pessoas não foram aos postos após terem conhecimento sobre o tratamento, por isso, houve a redução na procura nas unidades de saúde e na UPA. Na Unidade Básica de Saúde da Vila Garcia, foram registrados 90 atendimentos somente ocasionado pela dermatite, a qual é causada pelo contato com as cerdas da mariposa, que são liberadas quando os insetos se debatem nas lâmpadas e podem atingir diretamente a pele ou, ainda, ficar depositadas em roupas e móveis. Por isso, a orientação é não matar o animal, pois as cerdas podem se espalhar no ambiente. O ideal é recolher com um papel úmido e descartar no lixo.
Os profissionais da UPA viram o número de atendimentos, que normalmente, é de 400 a 480 pessoas ao dia, chegar a 900 no início da semana passada. O índice se refere à quantidade total de atendimentos, considerando que havia outras demandas, além da dermatite. Em horários de pico, das 13h às 16h, por exemplo, o fluxo de pessoas era contínuo na frente do Pronto Atendimento 24h.
Número maior de atendimentos nos últimos dias foi direcionado a crianças
QUEDA
A queda no número de atendimentos começou a ser observada na sexta-feira, 1º. “Tem aparecido de um a dois casos por período agora, não está mais como o observado na semana passada”, afirmou o superintendente da UPA, Rafael Dalha Valhe Corrêa.
“Intensificamos o número de médicos na semana passada para conseguir atender a todos”, completou.
O maior número de atendimentos nos últimos dias foi direcionado a crianças, mas também houve atendimento a adultos. “O pico foi nos dias 25 e 26, quando muitas pessoas recorreram à UPA. O maioria dos atendidos foi criança, que tende a pegar a mariposa nas mãos. Tivemos casos de receber a família toda também”, disse.
A previsão, segundo Rafael, era de o surto se estender até o mês de janeiro, mas já houve uma melhora significativa neste cenário na cidade.
“O ciclo da mariposa é de uma semana, na fase alada. Percebemos que nas regiões mais próximas das praias e de vegetação houve mais casos”, esclareceu.
Quem já teve a dermatite, tomou a medicação e percebeu a melhora dos sintomas não está livre de ter novamente um novo contato em outra parte do corpo, por exemplo.
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