O grupo filantrópico “Desperte Sorrisos” está oferecendo aulas de balé e informática para crianças e adolescentes do bairro Porto Seguro e adjacências. Ao todo, as aulas estão contemplando cerca de 90 alunos com idades que variam dos 5 aos 17 anos, através de cursos gratuitos. Este é o 4.º ano que as atividades são colocadas em prática.
Para realizar o projeto, o Grupo Desperte Sorrisos estabeleceu parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR), o qual cedeu o espaço. O grupo também conta com o apoio de professores voluntários.
O curso de informática é voltado para alunos de 5 a 17 anos divididos por idade em três turmas, os quais obtêm noções de conhecimentos básicos da informática, Word, Excel, Power Point, Internet e e-mail. O curso de balé está no segundo mês e vem obtendo grande procura pelas crianças que acordam cedo no sábado para aprender a dançar, levando cultura como desenvolvimento social para a comunidade.
“Estamos cada dia mais pensando com maior atenção nos cursos. Mais que levar um brinquedo ou chocolate é levar a transformação para a vida das pessoas, isso não tem preço, qualificar, modificar e transformar realidades tão sofridas e que merecem nossa atenção. Qualificar esses jovens que logo estarão no mercado de trabalho, de extrema importância em um mercado cada vez mais competitivo e que requer qualificação. Uma comunidade carente não tem as mesmas oportunidades, por isso essa atenção especial para que essa comunidade se desenvolva”, destacou o voluntário Luiz Gustavo Afonso.
"Começar com o projeto foi e está sendo uma experiência maravilhosa, as crianças retribuem com muito carinho, são muito queridas, sempre alegram minhas manhãs de sábado e dão aquele impulso para continuarmos", ressaltou Kassia Cunha, professora voluntária do curso de balé.
Luiz Gustavo destacou, ainda, que é incrível poder ser um instrumento deste trabalho na vida das pessoas. “Saber que você está transformando a vida das pessoas, transmitindo seus conhecimentos, levando novidades, despertando-as para novas experiências, muitos chegam sem saber como funciona o computador, não sabem ligar”, complementou.
“Cada ano é um aprendizado, cada aula traz um sentimento diferente. Nós aprendemos muito com eles. Uma vez um aluno chegou sem saber nada, achei estranho, como assim não conhece o computador? Hoje em dia algo tão comum para a nossa realidade, respirei e ouvi aquele aluno, quando eu ensinei a ligar, ele ficou abismado. Quando eu disse que dava para fazer diversas atividades, ele me questionou dizendo que seria impossível e quando funcionou a cara de surpresa e de alegria ao mesmo tempo me fez refletir sobre tudo que estamos fazendo. Sempre lembro e me emociono o quão somos pequenos e que podemos fazer a diferença na vida daqueles que precisam. Só tenho que agradecer a oportunidade e temos a convicção de que há muito mais a fazer”, finalizou Luiz.
