Cidadania

Conferência em Paranaguá discute propostas para garantia dos direitos da pessoa idosa

Fase municipal do evento foi realizada na terça-feira, 24

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Tema central foi “Envelhecimento Multicultural e Democracia: Urgência por Equidade, Direitos e Participação”

A 6.ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa foi realizada em Paranaguá, na terça-feira, 24, no auditório do Senac. O tema desta edição foi “Envelhecimento Multicultural e Democracia: Urgência por Equidade, Direitos e Participação” com programação durante todo o dia.

A fase nacional será realizada em Brasília de 5 a 8 de novembro de 2025. Até lá, o evento é precedido por etapas municipais e estaduais/distritais, que se realizam até o final de junho e agosto, respectivamente.

A Conferência em Paranaguá contou com a leitura e aprovação do regime interno da 6.ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa; palestra magna com Jorge Nei Neves, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoas Idosa (CEDIPI-PR); debates; apresentação cultural da UNATI; divisão de grupos de trabalho; leitura e aprovação das propostas elencadas nos grupos de trabalho; e eleição dos delegados para a 8.ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa.

A secretária municipal da Família, Cidadania e Desenvolvimento Social de Paranaguá, Carolina de Miranda Evangelista Lourenço, disse que a iniciativa ocorre em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa. 

“Tem como grande propósito discutir os direitos da população idosa de forma democrática pensando na equidade, na justiça social. O evento é de extrema importância, porque incentiva a participação popular a pensar em estratégias, serviços, programas e o desenvolvimento da política pública no âmbito municipal voltada para a pessoa idosa”, disse Carolina.

Durante o evento, foram pensadas propostas que serão encaminhadas para as próximas etapas. A secretária enfatiza que Paranaguá possui um cenário preocupante com relação à violação dos direitos dos idosos.

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A secretária municipal da Família, Cidadania e Desenvolvimento Social, Carolina de Miranda Evangelista Lourenço, falou sobre os desafios enfrentados em Paranaguá acerca do tema

“A violência contra a pessoa idosa se manifesta de várias formas, desde violência física, psicológica, omissão aos cuidados básicos, que é comumente conhecida como negligência, temos a violência patrimonial e financeira. Todos esses casos são registrados cotidianamente, tanto no CREAS, que é o Centro de Referência Especializado da Assistência Social, onde tem uma equipe que atende diretamente aos idosos, como também são registrados casos no Conselho do Idoso. Precisamos voltar o nosso olhar para a prevenção a essa questão social que é bem grave na nossa cidade”, observou Carolina.

Conselho da Pessoa Idosa

A presidente do Conselho da Pessoa Idosa de Paranaguá, Emilly Teixeira de Oliveira, afirmou que o espaço aberto pela Conferência é importante para debater a política do idoso.

“É onde a gente consegue discutir todas as esferas, a esfera municipal, estadual e nacional, colocar propostas em todos esses três âmbitos para que vire política pública. Dentro dos eixos discutidos, a gente pôde falar sobre o fortalecimento dos Conselhos e fazer um diagnóstico do município de Paranaguá, onde há os tipos de violência, o tipo de abandono, de negligência”, ressaltou Emilly.

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A presidente do Conselho da Pessoa Idosa de Paranaguá, Emilly Teixeira de Oliveira, trouxe alguns temas discutidos entre os participantes

Para ela, o município tem encaminhado bem as propostas, mas ainda é preciso avançar. “Temos muitas solicitações de vagas para Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI’s). Temos apenas duas em funcionamento. Poderíamos fazer um fortalecimento de vínculo com os familiares? Quanto o CREAS pode intervir? Quanto o Conselho pode intervir? Seria isso ou outras alternativas? Seria a criação de mais uma ILPI? As duas que nós temos aqui são filantrópicas, mas seria dessa vez a possibilidade de uma municipal? Acredito que esse é o nosso maior desafio”, indagou Emilly.

Emilly disse que existe um número muito grande da violência contra a pessoa idosa na cidade, outra questão que merece debate. 

“Quando a gente fala em violência, não é só violência de agredir fisicamente, mas é violência psicológica, é o abandono. A gente precisa criar alternativas e essas alternativas são criadas a partir de debates como esses espaços da Conferência”, finalizou Emilly.


Conferência em Paranaguá discute propostas para garantia dos direitos da pessoa idosaAvatar de Gabriela Perecin

Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.

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