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Agronegócio

Trator elétrico desenvolvido na Unioeste promove tecnologia sustentável no campo

O equipamento é resultado de estudos científicos realizados no âmbito do Programa de Pós-Graduação

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A pesquisa foi viabilizada por uma parceria firmada com a Moldemaq Máquinas e Implementos Agrícolas / Foto: Unioeste

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) desenvolveu um trator elétrico de pequeno porte com uma carreta de transporte de cargas para auxiliar produtores rurais em diferentes atividades agrícolas.

O objetivo é ampliar a utilização de fontes alternativas de energia no campo, para atender demandas de pequenas propriedades rurais, incluindo as áreas com terrenos irregulares e as culturas produtivas consideradas mais sensíveis, como a apicultura, a fruticultura, a psicultura e o cultivo de hortaliças.

O equipamento é resultado de estudos científicos realizados no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Energia na Agricultura, com a participação de professores e estudantes de mestrado e doutorado.

A pesquisa foi viabilizada por uma parceria firmada com a Moldemaq Máquinas e Implementos Agrícolas, uma indústria de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, que atua na fabricação de transportadores agrícolas, carretas e roçadeiras para microtratores e peças de reposição.

A empresa cedeu para a pesquisa um trator modelo TM2200R, até então fabricado e comercializado com motor a diesel. A expectativa é que a versão eletrificada do veículo esteja disponível no mercado nos primeiros meses de 2025.

O modelo elétrico prevê uma série de benefícios para os agricultores e o meio ambiente, como a ausência de ruídos, a vibração mínima e a emissão zero de poluentes. Essa emissão limpa significa a eliminação completa de liberação de substâncias que possam impactar a qualidade do ar, a saúde humana e os ecossistemas.

Trator elétrico desenvolvido na Unioeste promove uso de tecnologia sustentável no campo / Foto: Unioeste

Na prática, o veículo eletrificado não emite gases de efeito estufa, a exemplo do dióxido de carbono (CO2); nem outros elementos que contribuem para a formação de gases de efeito estufa secundários na atmosfera, como os óxidos de nitrogênio (NOx), os compostos orgânicos voláteis (COVs) e outros poluentes comuns que resultam do processo de combustão interna dos motores de veículos convencionais.

Doutor em Engenharia Agrícola, Felix Augusto Pazuch, que atua no projeto como pesquisador de pós-doutorado, destaca os aspectos inovadores e tecnológicos dessa pesquisa.

“Um diferencial desse microtrator fabricado no Brasil é a embreagem e a caixa de marchas, que foram mantidas para proporcionar maior variação de força para as atividades no campo e nos diferentes tipos de terrenos”, afirma.

Em agosto deste ano, o microtrator será enviado para a empresa parceira para testes de campo, resistência, eficiência e autonomia do equipamento.

O intuito dessa próxima etapa do projeto é identificar os ajustes finais necessários antes de disponibilizar o trator elétrico para a fabricação em larga escala e comercialização.

O diretor administrativo da Moldemaq, Nilson Tecilia, reforça a importância da parceria com a universidade.

“Depois das adequações iremos padronizar os processos para disponibilizar novamente o trator para a universidade, para que os pesquisadores desenvolvam outros estudos, pois essa é uma parceria que queremos ampliar cada vez mais e incentivar o aprendizado e a inovação”, afirma o executivo.

SÉRIE

Esta matéria faz parte de uma série de reportagens que destacam as pesquisas científicas desenvolvidas por estudantes e professores das sete universidades estaduais do Paraná. Os textos são publicados às quartas-feiras com o selo do programa Paraná Mais Ciência, previsto no Plano Plurianual do Estado (PPA) para viabilizar a aplicação de recursos de fomento científico e tecnológico.

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As outras matérias apresentaram uma pesquisa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) sobre aspectos de mudanças climáticas; um estudo da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) que analisa indicadores epidemiológicos da saúde de mulheres paranaenses; um dermocosmético com capacidade para combater bactérias multirresistentes, desenvolvido na Universidade Estadual de Londrina (UEL); e um medicamento para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2, em desenvolvimento na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

Fonte: AEN

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