Uma reclamação pontual e muito importante foi feita, na semana passada, por um usuário do sistema de transporte intermunicipal na rodoviária de Paranaguá. O cadeirante Marcelo Rocha, morador na Ilha dos Valadares, se queixou do fato de muitos ônibus da empresa Viação Graciosa não possuírem rampa de acesso aos cadeirantes. No entanto, em vários veículos há o adesivo de que a acessibilidade é assegurada pela empresa que faz a linha Paranaguá/Curitiba e Paranaguá/praias.
O cadeirante que fez a reclamação declarou que em várias ocasiões os veículos, que têm rampas para o acesso, ficam com o equipamento quebrado, situação que causa descontentamento em razão dos transtornos gerados. “Me sinto mal, humilhado, pois ali diz que há acessibilidade, mas na verdade ela não existe na prática, uma vez que não há rampa de acesso ou ela está sempre quebrada”, lamenta.
De acordo com Rocha, uma mudança no panorama da acessibilidade seria a presença de fiscais do município fazendo a vistoria nos veículos que indicam a presença da estrutura especial para os cadeirantes. “Alguém precisa tomar uma providência porque é uma situação constrangedora ter que contar com a boa vontade das pessoas para erguer a cadeira até o interior dos veículos”, afirmou.
A reportagem da Folha do Litoral News fez contato com a empresa Viação Graciosa, a qual, por meio da assessoria de imprensa, informou que as regras do Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para a acessibilidade são respeitadas e compreendem ações tanto para os cadeirantes como para pessoas com outros tipos de deficiência física. Sobre a falta de elevadores na frota, a situação será diferente a partir de julho de 2017, quando os veículos deixarão as fábricas com uma estrutura que vai adaptar uma das poltronas de modo a fazer com que ela desça, acoplada a um elevador, para servir ao cadeirante.
A notícia dos veículos com a nova tecnologia para cadeirante, entretanto, só deverá ser totalmente incorporada nas empresas de transportes quando houver a troca dos veículos antigos pelos modelos novos, situação que pode chegar a dez anos para ocorrer.