A doação de órgãos é um tema que tem sido bastante falado neste mês em função do Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, celebrado dia 27 de setembro. O assunto, que pode ser delicado para muitas famílias, é necessário e urgente. Somente no Paraná, 2 mil pessoas aguardam na fila de espera para receber um transplante e, assim, poder ter mais tempo de vida ao lado dos seus familiares. A melhor maneira de se tornar doador é deixar claro para a família o seu desejo. Só a manifestação da vontade de salvar outras vidas já é suficiente.
Em Paranaguá, o tema tomou grande repercussão no último mês com o lançamento de uma campanha criada pelo Ministério Público do Paraná em parceria com a Prefeitura de Paranaguá. Intitulada “Doando que se Vive”, o assunto doação de órgãos tem sido levado para escolas da cidade, conscientizando, de forma lúdica, crianças que podem ser multiplicadoras deste conhecimento. Desta forma, podem impactar toda a comunidade ao seu redor, pais, avós, tios, vizinhos e também outras crianças.
A campanha convida a população para falar mais sobre o assunto e desmistificar muitos pensamentos errôneos que são impeditivos para a doação. Um deles é quanto à idade dos pacientes, pois não é somente crianças e jovens acometidos por morte encefálica considerados potenciais doadores. Para transplante de coração, por exemplo, a idade máxima é 50 anos, mas para fígado e rins não tem uma idade máxima. Para córneas, o limite de idade utilizado no Paraná é 70 anos.
Vale salientar que a doação não é benéfica apenas para quem recebe o órgão. Especialistas que atuam na área de abordagem nos hospitais relatam que as famílias dos doadores sentem um conforto após autorizarem a doação dos órgãos. O sentimento de empatia prevalece, mesmo nesses momentos difíceis, o que merece a reflexão do quanto é importante pensar que as famílias, mesmo em um momento de dor, conseguem se compadecer com a dor do próximo. Que esses casos de sucesso sirvam de exemplo a toda a sociedade.